A Tanzânia, país da África Oriental, confirmou que está vivendo um surto do vírus Marburg, um primo do ebola que provoca hemorragias graves e de alta letalidade. Há até agora 25 casos suspeitos na região de Kagera, no noroeste do país.

A letalidade do vírus Marburg já chegou a 88% em surtos anteriores, dependendo da qualidade da assistência médica prestada.

O que sabemos até agora?

O vírus foi identificado pela primeira vez em 1967, em surtos na Alemanha e na antiga Iugoslávia, relacionados a macacos verdes africanos importados de Uganda;

Desde então, surtos esporádicos ocorreram em Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul;

Os surtos mais recentes foram na Guiné Equatorial, em 2023, com 40 casos e 35 mortes, e em Ruanda, em 2024, com 66 casos e 15 mortes;
O vírus Marburg faz parte de lista de vírus e bactérias com potencial pandêmico.

Transmissão e sintomas

A transmissão ocorre pelo contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas, como sangue, saliva, sêmen e suor;

De acordo com a OMS, o período de incubação (intervalo entre a infecção e o início dos sintomas) varia de 2 a 21 dias;

Os sintomas iniciais incluem febre alta, dor de cabeça intensa, mal-estar e dores musculares;

Com a progressão da doença, que costuma ocorrer após o quinto dia de sintomas, podem surgir vômitos com sangue, diarreia intensa e falência de órgãos;

Em casos graves, ocorrem hemorragias internas e externas, elevando o risco de morte.

Tratamento e prevenção

Atualmente, não existe tratamento específico ou vacina aprovada para o vírus Marburg;

O manejo da doença consiste em cuidados de suporte, como hidratação intravenosa e controle de sintomas;

Estudos estão em andamento para o desenvolvimento de terapias experimentais, incluindo antivirais e vacinas;

A prevenção envolve evitar contato com fluidos corporais de pessoas infectadas e uso de equipamentos de proteção individual por profissionais de saúde;

Comunidades em áreas de risco devem evitar a exposição a morcegos e garantir o cozimento adequado de produtos de origem animal;

O isolamento rápido de pessoas que tiveram contato com casos confirmados é fundamental para conter surtos.

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