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Rotary: planejar é olhar para a frente
Planejar é, por natureza, um ato de olhar para o futuro
09/09/2025 09h56
Por: Redação Fonte: Redação
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Planejar, por definição, é olhar para frente. Ninguém planeja o passado, apenas o futuro. Para uma organização centenária como o Rotary International, com 120 anos de história o planejamento estratégico não é apenas um exercício de gestão, mas uma questão de sobrevivência e relevância contínua.

O planejamento estratégico posto em prática pelo Rotary International destina-se a garantir o seu crescimento em bases sólidas, contínuas e duradouras. Este esforço exige um reexame corajoso e humilde de quem a organização é, onde está e, crucialmente, o que deve fazer para melhorar e crescer.

A Coragem da Autoavaliação


Uma organização com mais de um século de existência, que assistiu a guerras mundiais, conflitos localizados, pandemias, grandes desastres naturais, uma evolução tecnológica além de qualquer sonho (existe alguém sem celular por aí?), e a ascensão e queda de regimes ditatoriais, tem a obrigação de se preocupar com a sua própria existência e ter a coragem moral de se autoexaminar.

No Rotary, a autonomia dos clubes, embora fundamental, permitiu a cristalização de rituais e práticas que, em alguns casos, se tornaram obstáculos ao progresso. Fala-se de orações antes e depois das reuniões, de restrições históricas na admissão de mulheres no quadro social (uma regra que o Rotary há muito superou globalmente, mas que pode persistir em certas mentalidades), de fraca atuação comunitária em algumas unidades, de boletins mal feitos ou de informação rotária insuficiente.

A consequência mais visível dessa rigidez com velhas tradições é o estancamento do quadro associativo. Estamos há mais de uma década com a marca de 1,2 milhão de associados, o crescimento, que deveria ser a meta natural de uma organização dinâmica, tornou-se um tabu a ser incessantemente perseguido por todos os dirigentes do RI.

Parar de Falar e Começar a Agir


Chegou o momento de parar com as palestras, discursos e exortações e dedicar mais tempo e energia a um reexame humilde e maduro do que é imperioso: crescer.

A lição de Napoleão Bonaparte, ao se retirar da Rússia sob frio extremo, serve como uma poderosa metáfora para o estado de qualquer organização: “Se parar, esfria; e se esfriar, morre”. Este é o ciclo da vida: nascimento, evolução, maturidade, decadência e morte. Parar é iniciar o declínio.

Planejamento não é um simples exercício mental, nem um motivo para longas tertúlias. Ele significa a própria sobrevivência. Para o Rotary, a sobrevivência e o aumento da sua capacidade de servir o mundo passam inevitavelmente pela quebra da estagnação e pela concretização do crescimento. Só assim a organização honrará o seu passado, garantirá o seu presente e construirá um futuro de serviço cada vez mais relevante.