Política Zeca Dirceu
O povo de novo paga a conta: Zeca Dirceu combate privilégios e aciona Ramagem, Zambelli e Eduardo Bolsonaro junto à PGR e ao TCU
Mesmo sem trabalhar na Câmara, os três deputados do PL mantém seus gabinetes ativos, o que gera um custo mensal de R$ 400 mil - R$ 4,8 milhões no ano - no bolso da população: “um está fora do Brasil, conspirando nos EUA; A outra, presa, e o terceiro é foragido da Justiça”, diz Zeca.
02/12/2025 13h21
Por: Redação Fonte: Assessoria/Zeca Dirceu
Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado




O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) se manifestou nesta terça-feira (02/12) sobre o que classificou como uma distorção grave, imoral e danosa ao país : a manutenção dos gabinetes ativos dos parlamentares Alexandre Ramagem (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara dos Deputados, mesmo estando fora do Brasil e sem o exercício efetivo de seus mandatos. “Quem paga essa conta é o povo brasileiro”, denuncia.

De acordo com os dados noticiados amplamente pela imprensa, cada um dos três parlamentares pode utilizar até R$ 133.170,54 em verba de gabinete para custeio mensal de assessores e de estrutura de funcionamento dos seus mandatos. Somadas apenas essas cifras, os três podem gerar um impacto de R$ 400 mil todos os meses . Em um ano, o valor ultrapassa R$ 4,8 milhões em recursos públicos , sem incluir outros custos indiretos, como estrutura física, logística e eventuais reembolsos nesse período.

“É dinheiro do povo bancando mandato que não está sendo exercido”
Para Zeca Dirceu, a situação ultrapassa qualquer debate político e entra no campo do uso indevido do dinheiro público. “Não é apenas um problema de imagem. É um problema real de violação dos princípios constitucionais da administração pública: moralidade, eficiência, legalidade e economicidade”, afirmou.

Segundo o deputado, enquanto muitos brasileiros lutam para ver seus impostos revertidos em saúde, educação, infraestrutura e segurança pública, esses gastos persistentes não produzem qualquer retorno para a sociedade. Eles se mantêm, mesmo quando a representação parlamentar está suspensa ou com sua função claramente interrompida. 

“Num momento em que discutimos formas de esticar o orçamento para fazer chegar até o cidadão, a cidadã mais vulnerável, nos quatro cantos do país, o recurso, na forma de atendimento, de benefício dos programas sociais e serviços de qualidade, está sendo drenados para sustentar gabinetes que não cumprem sua função básica: representar o povo. Isso não pode acontecer!”, disse Zeca Dirceu. "Um está fora do Brasil, conspirando nos Estados Unidos contra a economia e a soberania brasileiras; A outra, presa, e o terceiro é foragido da Justiça", criticou.

Pedido de auditoria, suspensão de verbas e responsabilização
Diante da gravidade dos números, Zeca Dirceu protocolou requerimentos para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a fim de ser encaminhado à Direção-Geral da Casa , além de representações para apurar as irregularidades e responsabilizações junto ao Tribunal de Contas das União (TCU) e à Procuradoria Geral da República (PGR) . Zeca propõe imediata:
- Auditoria interna das despesas;
- Identificação completo de servidores, levantamento dos pagamentos efetuados e custeios dos gabinetes;
- Avaliação de possível dano ao erário;
- Suspensão das verbas e gastos enquanto não houver exercício efetivo do mandato.

“Não podemos aceitar que a estrutura do Parlamento vire um cabide pago com dinheiro público”, reforçou. Para o parlamentar, a manutenção dessa estrutura representa um dos fatores que alimentam o descrédito da política no Brasil. “O povo paga imposto esperando saúde, escola, segurança. O que recebe em troca não pode ser privilégio para quem não está trabalhando”, completou.

Zeca também alertou que, sem uma reação firme da Câmara, a mensagem passada à sociedade é a de que o sistema protege quem não cumpre seu papel. “O Brasil precisa de dever cumprido e não da sustentação de privilégios”. O deputado também afirma que a revisão dessas regras é essencial para restaurar a confiança da população no Parlamento e reafirma que a Câmara precisa ser exemplo de zelo com os recursos públicos, não a sustentação de privilégios.