O evento contou com a presença do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin, da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da primeira-dama Janja, além de outros ministros e autoridades.
A ministra Gleisi Hoffmann ressaltou em sua fala a atuação do governo brasileiro frente aos desafios externos e a defesa da soberania. “A nossa última reunião, no dia 5 agosto, foi realizada sob o impacto das sanções unilaterais impostas ao Brasil pelo governo dos Estados Unidos. Ao longo desses quatro meses, o presidente Lula estabeleceu um diálogo direto e altivo com o presidente Trump, que já resultou na retirada de parte significativa das tarifas”, disse.
“Lembro que o senhor disse que, comercialmente, estava pronto para negociar tudo. Mas não negociaria nossa soberania, o processo judicial brasileiro é o nosso processo político. Observadores de todo o mundo destacam a vitória diplomática e pessoal do presidente brasileiro, que não se curvou às pressões. Tão importante quanto esta vitória é o fato de que a Justiça seguiu seu curso soberanamente, julgou com independência e condenou, no devido processo legal, aqueles que atentaram contra o estado democrático e agora cumprem penas de reclusão”, pontuou a ministra-chefe das Relações Institucionais.
Gleisi também destacou os avanços econômicos e sociais do país durante o governo do presidente Lula. “O Brasil atingiu em 2024 o menor nível de pobreza e desigualdade já registrado na série histórica do IBGE. Estamos com a menor taxa de extrema pobreza da população, a maior renda domiciliar e a melhor posição no índice de Gini que mede a desigualdade social. É a combinação da retomada do crescimento, com recorde na geração de empregos, dos aumentos reais do salário e de políticas massivas de transferência renda, como o Bolsa Família e o BPC”, pontuou.
“Com a nova lei do imposto de renda, aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado, estamos rompendo uma tradição de privilégios e injustiça que sempre prevaleceu em nosso país. Este primeiro passo no caminho da justiça tributária, economica e social, é o sinal de que podemos avançar muito mais, conquistando, por exemplo, o fim da escala de trabalho 6 x 1, permitindo melhorar a qualidade de vida da imensa maioria de trabalhadoras e trabalhadores do nosso país”, apontou Gleisi, indicando as próximas iniciativas do Governo Federal.
ENTREGAS E RESULTADOS
Na oportunidade, foram apresentados os resultados dos trabalhos dos conselheiros, entre eles os resultados do Conselhão em torno da COP 30, além de anúncios relacionados à Lei Geral de Direito Internacional, à Estratégia de Compras Públicas Sustentáveis e ao Guia de Duplicatas Escriturais.
Um dos momentos de destaque foi a entrega do documento Pilares de um Projeto de Nação, que tem por objetivo de consolidar uma visão compartilhada de futuro para o Brasil. "A gente pegou os planos estratégicos do governo como Brasil 2050, PAC, Nova Indústria Brasil, transformação ecológica, trabalhos sobre políticas preditivas, pensando para onde o Brasil está indo. Daqui 10 anos, como estará nossa população perfil de emprego, demanda maior, evolução tecnológica, educação estará em que nível? Então a gente prevê como o Brasil estará em 10 anos", destacou o secretário-executivo do Conselhão, Olavo Noleto.
O colegiado composto por representantes da sociedade civil é responsável pelo assessoramento do Presidente da República na formulação de políticas públicas e diretrizes de governo.