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Cientistas criam maior mapa de conexões de cérebro humano e encontram fenômenos inexplicáveis
Os dados capturados pelo telescópio foram, então, reconstruídos pelo computador.
28/05/2024 08h01 Atualizada há 1 ano
Por: Redação Fonte: msn.com
Pesquisadores de Harvard e Google criaram maior mapa de conexões do cérebro com 1 milímetro cúbico de tecido cerebral Foto: Google Research & Lichtman Lab (Harvard University)/Renderizado D. BergerD © Fornecido por Estadão

Pesquisadores de Harvard fizeram uma parceria com o Google para criar a maior base de dados da estrutura do cérebro humano na resolução utilizada. Eles conseguiram mapear cada célula e sinapse de uma pequena amostra de cérebro. Com as novas imagens, a equipe identificou fenômenos que ainda não têm explicação.

 
Pesquisadores de Harvard e Google criaram maior mapa de conexões do cérebro com 1 milímetro cúbico de tecido cerebral Foto: Google Research & Lichtman Lab (Harvard University)/Renderizado D. BergerD© Fornecido por Estadão

Eles utilizaram um 1 milímetro cúbico de volume de um córtex saudável retirado durante uma cirurgia em uma mulher com epilepsia. O procedimento servia para que os cirurgiões alcançassem a parte do cérebro que precisava ser operada. De forma mais específica, a amostra de córtex veio do lobo temporal anterior e tem seis camadas de células.

 
Os neurônios de cada uma das seis camadas do córtex foram pintadas de formas diferentes por computador. Foto: Google Research & Lichtman Lab (Harvard University)/Renderizado por D. Berger© Fornecido por Estadão
 
Localização de onde foi tirada a amostra do cérebro Foto: Google/Reprodu© Fornecido por Estadão

Para transformar a amostra em imagem, os pesquisadores utilizaram um microscópio eletrônico, técnica utilizada para investigar de forma detalhada estruturas biológicas e inorgânicas. Os dados capturados pelo telescópio foram, então, reconstruídos pelo computador.

Apesar da amostra utilizada ser pequena, as imagens exibiram 57 mil células e 150 milhões de sinapses – pontos de conexão onde o sinal atravessa de um neurônio para o outro. Isso resultou em um total de 1,4 milhão de gigabytes de dados. A partir disso, surgiu a necessidade da parceria com o Google, que disponibilizou uma inteligência artificial de processamento de imagens.