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Conferência em Foz debate soluções e articula ações para enfrentar mudanças climáticas

Evento realizado em Foz do Iguaçu é uma iniciativa do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) em Emergência Climática, com apoio do Governo do Paraná. Participam pesquisadores de oito universidades que estudam como as atividades urbanas, industriais e agrícolas podem se adaptar aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

04/12/2024 às 07h53
Por: Redação Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná
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Conferência debate soluções e articula ações para enfrentar mudanças climáticas Foto: Unioeste
Conferência debate soluções e articula ações para enfrentar mudanças climáticas Foto: Unioeste

Pesquisadores de universidades estão reunidos nesta semana na 1ª Conferência Paranaense de Emergência Climática, que acontece em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. Aberto nesta segunda-feira (02), o evento é uma iniciativa do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) em Emergência Climática e conta com o apoio do Governo do Estado, por meio das secretarias da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e da Fundação Araucária, e da Itaipu Binacional. A conferência segue até quarta.

Na abertura, o cientista Carlos Afonso Nobre, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) e renomado mundialmente, destacou a gravidade da crise climática. “Já atingimos a emergência climática, o maior desafio que a humanidade já enfrentou. Precisamos reduzir rapidamente as emissões e nos preparar para os eventos extremos que se intensificaram. No Brasil, ainda estamos muito distantes de políticas eficazes de adaptação”, alertou.

O objetivo da conferência é, justamente, debater soluções e articular ações de pesquisa científica para enfrentar as mudanças climáticas, com foco em adaptação e mitigação de impactos ambientais, sociais e econômicos. O encontro é voltado a professores e estudantes de graduação e pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento, como climatologia, biologia, geografia, ciências ambientais e sociais, além de representantes de organizações empresariais, governamentais e da sociedade civil.

 

O Napi Emergência Climática reúne pesquisadores de oito instituições de ensino superior do Paraná para desenvolver estudos sobre como as atividades urbanas, industriais e agrícolas podem se adaptar aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. O foco está em mitigar riscos ambientais e reduzir os danos causados por eventos extremos, promovendo estratégias de adaptação.

De acordo com o professor Francisco de Assis Mendonça, coordenador do Napi e pesquisador da UFPR, a conferência marca a divulgação dos resultados de dois anos de pesquisa. “A rede conta com mais de 50 pesquisadores, com o apoio principal da Fundação Araucária, que investigam os impactos das mudanças climáticas no Paraná, como estão sendo registradas, seus efeitos na agricultura, indústria, cidades, e as estratégias de mitigação e adaptação desenvolvidas para enfrentá-las. É uma oportunidade de tornar público esse conhecimento e envolver a sociedade”, destacou.

 

O Napi Emergência Climática reúne pesquisadores das universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Centro-Oeste (Unicentro), além da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

“O Paraná é pioneiro na criação de uma rede estadual de pesquisadores sobre emergências climáticas”, ressaltou Marcos Aurélio Pelegrina, diretor de Ciência e Tecnologia da Seti. “Esse é o primeiro Napi do país a reunir pesquisadores de diversas instituições para tratar dessa temática, demonstrando o planejamento do Estado frente aos desafios climáticos globais”.

Para o reitor da Unioeste, Alexandre Almeida Webber, o Napi representa um marco no fortalecimento da pesquisa e na integração entre universidades. Ele destacou os esforços coletivos para realização do evento. “É uma honra contar com o apoio da Seti, da Itaipu Binacional e da Fundação Araucária”, disse.

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