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Projeto Opaná integra debates durante Encontro Nacional de Agroecologia Indígena

Iniciativa da Fundação Luterana de Diaconia tem apoio da Itaipu Binacional

10/12/2024 às 09h16
Por: Redação Fonte: Assessoria/Itaipu Binacional
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 Projeto Opaná representado no I ENAI pelas lideranças Guarani Natalino de Almeida Peres, Celso Japoty Alves e Nazane Martins. Foto: Daniela Herrmann/FLD.
Projeto Opaná representado no I ENAI pelas lideranças Guarani Natalino de Almeida Peres, Celso Japoty Alves e Nazane Martins. Foto: Daniela Herrmann/FLD.
De 26 a 29 de novembro, Brasília (DF) sediou o primeiro Encontro Nacional de Agroecologia Indígena (ENAI), evento que marcou avanços no debate sobre sustentabilidade e preservação cultural em territórios indígenas, com foco na formulação de políticas públicas voltadas à agroecologia para essas comunidades. O encontro reuniu cerca de 200 participantes, incluindo lideranças indígenas, agricultores, pesquisadores, representantes governamentais e de organizações da sociedade civil.
 
Participantes do I ENAI em Brasília. Foto: Juan R. da Silva/GT Povos Indígenas-ANA.
 
Promovido pelo Grupo de Trabalho de Povos Indígenas da Articulação Nacional de Agroecologia (GT Povos Indígenas/ANA), o evento contou com o apoio da Embrapa e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI). A Fundação Luterana de Diaconia (FLD), em parceria com a Itaipu Binacional, por meio do projeto Opaná: Chão Indígena, participou ativamente das discussões.  
 
O encontro destacou que a agroecologia vai além da produção agrícola, conectando a preservação ambiental, a segurança alimentar e a valorização cultural. As sementes tradicionais, frequentemente vistas como patrimônio cultural, foram apontadas como um recurso essencial para fortalecer a autonomia produtiva das comunidades indígenas.
 
A preservação das sementes tradicionais e o incentivo à produção sustentável estiveram no centro das discussões. Além de promoverem a segurança alimentar, essas ações garantem a valorização da cultura e dos conhecimentos indígenas. O fortalecimento da agrobiodiversidade deve ser uma prioridade, especialmente diante da emergência climática, que ameaça a sustentabilidade das práticas agrícolas tradicionais.
 
Durante o evento, uma audiência pública discutiu as ações governamentais para promover a agroecologia em territórios indígenas. As iniciativas apresentadas estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e ressaltam o papel central dos povos indígenas na promoção de uma agenda ambientalmente responsável.
 
A reunião representou um avanço significativo na construção de políticas públicas integradas, que unem sustentabilidade, segurança alimentar e valorização cultural, reafirmando o papel do Brasil como líder na promoção de práticas agroecológicas e na preservação da diversidade cultural.
 
O evento foi concluído com o compromisso de expandir as ações voltadas à preservação dos recursos naturais, à proteção dos saberes ancestrais e ao fortalecimento do protagonismo indígena na construção de um futuro sustentável.
 
O projeto Opaná: Chão Indígena atua na segurança alimentar das comunidades indígenas por meio da agroecologia, no acesso ao saneamento e água potável, e no fortalecimento cultural, além de promover ações de educação antirracista para pessoas não indígenas. O projeto atende mais de 900 famílias em 32 comunidades Guarani do Oeste e Litoral do Paraná, abrangendo os povos Avá Guarani e Guarani Mbya, em dez municípios paranaenses. A iniciativa da Fundação Luterana de Diaconia conta com o apoio da Itaipu Binacional.
 
*Com informações da Assessoria da Fundação Luterana de Diaconia
 
Projeto Opaná representado no I ENAI pelas lideranças Guarani Natalino de Almeida Peres, Celso Japoty Alves e Nazane Martins. Foto: Daniela Herrmann/FLD.
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