Um dos reflexos mais preocupantes do aquecimento global é o derretimento de gelo nos polos, mais especificamente de uma camada chamada permafrost.
O termo é uma combinação de duas palavras em Inglês: “permanent” (permanente) e “frost” (congelado). A estrutura demorou milhares de anos para ser criada e, agora, começou a dissolver em alguns pontos do mundo.
Tirando a preocupação climática e ambiental de lado, o fenômeno acaba de levar a uma nova descoberta científica: pela primeira vez na história, biólogos tiveram acesso a uma cabeça praticamente intacta de um lobo gigante da Era do Gelo.
Segundo análises preliminares, o predador pré-histórico viveu há aproximadamente 40 mil anos, ou seja, durante o Pleistoceno. Esse período ficou conhecido como a Era Glacial.
Análises iniciais mostraram que o animal viveu há aproximadamente 40 mil anos – Imagem: Reprodução/Albert Protopopov
Além dessas análises genéticas, as características do lobo antigo serão reconstruídas usando um raio-X não invasivo. A ideia é que os pesquisadores possam ver o interior do crânio sem destruir a cabeça.
Com isso, eles pretendem aprender mais sobre os hábitos, a dieta e a evolução do animal. Dado o estado de boa conservação do lobo, alguns cientistas já falam também em clonagem ou “desextinção” da espécie.
Essa, aliás, é uma conversa que vem ganhando os holofotes nos últimos meses. Depois do anúncio do grupo americano Colossal Biosciences, uma empresa de biotecnologia, que prometeu trazer de volta os mamutes-lanosos dentro da próxima década, outras startups começaram a trabalhar pelo renascimento de outras espécies.
O mamute-lanoso é uma das espécies que podem “voltar à vida” – Imagem: Reprodução/Colossal Biosciences
É o caso, por exemplo, do tigre-da-Tasmânia, do pombo-passageiro e do saudoso dodô.
As informações são do ATI.
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