O asteroide Bennu, um objeto rochoso que se aproxima da Terra a cada seis anos, tem chamado a atenção de cientistas e entusiastas da astronomia. Atualmente, ele passa a cerca de 299.000 km de distância do nosso planeta, mas cálculos indicam que há uma chance de 1 em 2.700 de uma colisão ocorrer em setembro de 2182. Embora a probabilidade seja considerada baixa, os possíveis impactos de um choque seriam catastróficos.
Além da devastação imediata causada pelo impacto, estima-se que o asteroide injetaria entre 100 e 400 milhões de toneladas de poeira na atmosfera terrestre. Essa enorme quantidade de partículas desencadearia mudanças significativas no clima, na química atmosférica e na fotossíntese global, afetando ecossistemas e a vida no planeta.
De acordo com Lan Dai, pesquisadora de pós-doutorado do Centro IBS de Física Climática da Universidade Nacional de Pusan, na Coreia do Sul, o escurecimento solar causado pela poeira resultaria em um “inverno de impacto global abrupto”. Esse fenômeno seria caracterizado pela redução da luz solar, queda nas temperaturas e diminuição da precipitação na superfície terrestre, com efeitos duradouros na agricultura e na biodiversidade.
Bennu é um dos asteroides mais estudados pela NASA, graças à missão OSIRIS-REx, que coletou amostras de sua superfície em 2020. Esses estudos são essenciais para entender a composição do asteroide e prever seu comportamento orbital, além de ajudar no desenvolvimento de estratégias para desviar objetos potencialmente perigosos no futuro.
Embora a probabilidade de colisão seja pequena, o asteroide Bennu serve como um lembrete da importância de investir em pesquisas e tecnologias para monitorar e mitigar riscos cósmicos. A humanidade precisa estar preparada para enfrentar desafios globais, sejam eles naturais ou provocados por eventos astronômicos. Enquanto isso, cientistas continuam de olho no céu, estudando Bennu e outros corpos celestes que cruzam o caminho da Terra.
NASA/Goddard/University of Arizona