Em um mundo onde a alimentação saudável é cada vez mais valorizada, o Cmei Celeste Sottomaior se destaca com um projeto que combina nutrição e aprendizado. A iniciativa, que começou de forma simples, tem como objetivo integrar plantas e flores comestíveis no cardápio das crianças, trazendo não apenas cor, mas também benefícios para a saúde.
Entre as variedades utilizadas estão a Ora-Pro-Nóbis, o Hibisco Colibri e o Quenafe, plantas muitas vezes subestimadas ou consideradas ervas daninhas. Essas opções, ricas em nutrientes, foram incorporadas de maneira criativa nas refeições diárias, como no arroz que agora pode aparecer em tons de azul ou rosa, no feijão e até mesmo no frango com legumes. As plantas são servidas tanto in natura quanto em pó, provenientes de fontes desidratadas, garantindo que as crianças tenham uma experiência sensorial completa.
As professoras do Cmei Celeste Sottomaior destacam que a aceitação das crianças tem sido surpreendente. O apelo visual dos pratos coloridos não apenas atrai os pequenos, mas também estimula o interesse pelas refeições. As crianças se divertem muito mais na hora das refeições. Elas perguntam sobre as cores e querem experimentar novos sabores.
Os resultados já começam a ser percebidos, não apenas na escola, mas também em casa. Os pais notaram uma redução nas doenças comuns entre as crianças, o que pode ser atribuído à inclusão dessas plantas nutritivas na alimentação. "Estamos vendo uma melhora significativa na saúde geral dos alunos. Eles estão mais dispostos e menos doentes", afirma a diretora do Cmei, Maristela dos Santos, visivelmente satisfeita com as mudanças.
Além dos benefícios físicos, o projeto também promove a conscientização sobre a importância das plantas alimentícias e a valorização de ingredientes que muitas vezes são ignorados. As crianças aprendem sobre a origem dos alimentos e a importância de uma dieta variada e colorida, cultivando hábitos saudáveis desde cedo.
O biólogo Wilson Fernandes, que coloca em prática os conhecimentos, destacou as propriedades que as crianças estão sendo beneficiadas. “Tem muitos poderes e é versátil. Na forma de farinha, muito mais, que as crianças não veem. Para nós, é muito gratificante, ressalta.
A pequena Martina comentou que a “comida fica bonita no prato, é gostosa”, diz. A aluna Ana Bela fez questão de falar que gosta da comida “porque ela fica colorida”.
O Cmei Celeste Sottomaior, por meio desse projeto, não só enriquece a alimentação das crianças, mas também contribui para a formação de uma geração mais consciente e saudável. Com o sucesso da iniciativa, a expectativa é que outras instituições de ensino se inspirem e adotem práticas semelhantes, promovendo uma alimentação mais colorida e nutritiva nas escolas.