O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, e o diretor financeiro executivo, André Pepitone, participaram na manhã desta quarta-feira (23) de uma reunião com deputados da Comissão de Minas e Energia da Câmara, em Brasília (DF).
No encontro, os diretores apresentaram números referentes à usina e falaram sobre investimentos tecnológicos e socioambientais, abordaram questões tarifárias e explicaram os instrumentos de controle de contas e auditoria, que são bastante rigorosos, além da relação com o Paraguai, país sócio da empresa.
“Itaipu é muito específica, não se pode olhar para ela como uma estatal nem como uma empresa privada. Seguimos padrões que são internacionais, temos auditorias externas feitas pelas maiores empresas do mundo. Temos ferramentas de controle que são mais rigorosas que a própria legislação”, explicou o diretor-geral, Enio Verri.
A tarifa foi um dos pontos que mais gerou interesse dos deputados da comissão. Chamou a atenção dos parlamentares o fato de a usina ter a terceira menor tarifa (R$ 237,10) entre os contratos de aquisição de energia pelas distribuidoras cotistas (média de R$ 307,29). “Fiquei muito impressionado com a apresentação e com o trabalho que é feito para que se produza uma energia barata”, destacou o deputado Max Lemos (PDT-RJ).
Outro dado importante diz respeito aos esforços para modicidade tarifária, pois Itaipu tem investido recursos próprios para garantir um valor menor no custo da energia para o consumidor brasileiro. “A tarifa hoje é bastante competitiva, os números mostram isso. A Itaipu contribui para a modicidade tarifária no país”, ressaltou o diretor executivo, André Pepitone.
Enio Verri explicou aos parlamentares também como a Itaipu contribui para desenvolvimento tecnológico do Brasil, sendo uma das lideranças na transição energética no país, com investimentos em combustíveis renováveis como biometano, hidrogênio de baixo carbono (também conhecido como hidrogênio verde) e combustível sustentável para aviação (SAF).
Ele também falou sobre o projeto para produção de energia solar no reservatório, destacando o papel de garantia do sistema desempenhado pela empresa. “Somos uma bateria para o Brasil. Quando para de ventar e o sol baixa, são as hidrelétricas, com destaque para Itaipu, que sustentam o fornecimento de energia para o Brasil e Paraguai. Estamos sempre à disposição para tirar dúvidas dos deputados, fazer esclarecimentos sobre o funcionamento da empresa, para mostrar que estamos avançando, para que Itaipu continue sendo essa bateria do sistema, garantindo produção de energia elétrica de qualidade e barata para todo o país”.
Esse papel foi reconhecido pelo presidente da Comissão, deputado Diego Andrade (PSD-MG). Segundo ele, essa segurança que Itaipu dá ao país precisa ser levada em consideração. “Isso tem que ser valorizado, a capacidade de atender em tempo real quando o sistema precisa. Isso é muito importante”, apontou. Andrade elogiou a participação dos diretores da Itaipu no encontro. “Foi excelente, ajudou a esclarecer muitas dúvidas e a entender alguns pontos que temos levantado na comissão”, finalizou.
Além dos diretores da Itaipu e de deputados da Comissão, participou também do encontro o ex-ministro de Minas e Energia e atual presidente da ENBPar, Silas Rondeau Cavalcante Silva.