O deputado Zeca Dirceu (PT) disse nesta quinta-feira, 24, que a fraude no INSS, agora revelada na investigação da Polícia Federal e CGU, começou em 2018 no governo Temer e se estendeu ao governo Bolsonaro. "A fraude aprofundou-se, ganhou corpo e permaneceu funcionando de 2019 até 2022, no governo Bolsonaro. "Ninguém fez nada, pois não havia independência da Polícia Federal nem ação da Controladoria Geral da União para investigar esses governos", pontuou em vídeo nas redes sociais.
"Com Lula é diferente: a Polícia Federal tem autonomia, a CGU foi reestruturada e fiscaliza o que acontece no país, descobrindo essa picaretagem agora denunciada por todos os meios de comunicação. Lula acabou com a farra do INSS", completou.
Ainda na quarta-feira (23), Alessandro Stefanutto foi exonerado da presidência do INSS pela ministra substituta da Casa Civil, Miriam Belchior. Ele é um dos investigados na operação da PF e CGU que apura suspeitas de um esquema de descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas. A demissão foi determinada pelo presidente Lula (PT).
A Operação Sem Desconto investiga um suposto esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
Após a deflagração da operação, o governo federal anunciou a suspensão de todos os acordos de cooperação técnica que permitem que organizações da sociedade civil cobrem de aposentados e pensionistas mensalidades associativas descontadas diretamente dos benefícios pagos pelo INSS.