Desde o início de 2025, a gestão do prefeito General Silva e Luna tem colocado o enfrentamento ao escorpionismo entre as prioridades da saúde pública em Foz do Iguaçu. Com base em dados acumulados nos últimos cinco anos e na alta demanda por chamados envolvendo escorpiões, a Prefeitura tem concentrado esforços em ações de prevenção, controle ambiental e, principalmente, orientação à população sobre como proceder em caso de acidentes com animais peçonhentos.
A intensificação das medidas ocorreu após a constatação de que o número de chamados ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) aumentou de forma contínua entre 2020 e 2024, saltando de 393 para 736 registros anuais. Apesar da elevação nas notificações, a nova gestão observou que os acidentes graves podem ser evitados com ações simples, baseadas na informação e no cuidado com os ambientes urbanos.
“Devemos realizar o enfrentamento através de um diagnóstico realista. Sabemos quais são às áreas de ocorrência e o que precisa ser feito. Por isso, direcionamos as ações de controle e refoçamos a sensibilização da população, visando a diminuição dos acidentes”, afirma Renata Defante Lopes, Coordenadora Técnica do Centro de Controle de Zoonoses de Foz do Iguaçu.
Entre as principais ações, está o reforço das orientações práticas aos moradores sobre como evitar a entrada e a proliferação dos escorpiões em residências. Técnicos do CCZ têm percorrido bairros como Campos do Iguaçu, Vila A, Morumbi, Centro e Maracanã — todos com histórico de alto índice de ocorrência — para realizar vistorias e distribuir informativos.
As principais recomendações incluem:
• Vedação de ralos e caixas de gordura, sépticas e de passagem;
• Instalação de barreiras físicas nos acessos ao sistema de esgoto;
• Limpeza de quintais e remoção de entulhos e objetos inservíveis;
• Controle integrado de pragas urbanas, especialmente baratas, principal fonte de alimento dos escorpiões.
“A população precisa compreender que o escorpião é resultado de um ambiente propício à sua sobrevivência. Quando a gente muda o ambiente, a gente reduz o risco”, explica a coordenadora técnica do CCZ.
Além da prevenção, a Prefeitura tem reforçado as orientações sobre os procedimentos corretos em caso de picadas. As recomendações são claras e devem ser seguidas com rigor:
• Não aplicar substâncias caseiras ou tentar extrair o veneno;
• Lavar o local da picada com água e sabão;
• Aplicar compressas mornas, podem ajudar na diminuição da dor, desde que não atrase o atendimento médico;
• Procurar imediatamente a unidade de Pronto Atendimento mais próxima, especialmente em casos envolvendo crianças de até 7 anos ou com baixo peso, mais suscetíveis a complicações graves.
O município também trabalha para garantir agilidade no atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com profissionais capacitados e com acesso ao protocolo específico para acidentes com animais peçonhentos.
Vigilância e combate integrado
A Vigilância em Saúde tem intensificado a vigilância ativa nos bairros e a coleta de espécimes para análise laboratorial. Embora a espécie Tityus confluens seja a mais comum na cidade (61% dos registros), também foram identificados casos de Tityus trivittatus (19%) e Tityus serrulatus (8%), este último considerado de alta toxicidade.
“O problema é complexo, exigindo vigilância constante, manejo ambiental e trabalho em equipe com a comunidade”, reforça Renata Defante.
Planejamento e continuidade
Desde janeiro, o CCZ mantem um cronograma de ações preventivas com metas de curto e médio prazo. Em parceria com escolas, associações de bairro e unidades de saúde, o programa de combate ao escorpionismo deve se expandir ao longo do ano, com busca ativa de espécimes, oficinas educativas e ampliação das visitas domiciliares.
“A diferença está no planejamento e na presença. Nossa gestão começa com os pés no chão, ouvindo os dados e agindo com base neles. Estamos determinados a proteger a população com informação, ação e presença”, declarou o prefeito.