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Acadêmico cego conclui graduação em Ciência da Computação na Unioeste

Gustavo Hanke, agora egresso do curso realizado no campus Cascavel, ingressou na faculdade ainda durante a pandemia de Covid-19, no final de 2021, e se dedicou aos estudos ao longo os quatro anos de graduação. A formatura só foi possível porque a Unioeste conta com o Programa de Ensino Especial (PEE).

Por: Redação Fonte: AEN
07/05/2025 às 15h02
Acadêmico cego conclui graduação em Ciência da Computação na Unioeste
Acadêmico cego conclui graduação em Ciência da Computação na Unioeste - Gustavo Hanke, agora egresso do curso realizado no campus Cascavel, ingressou na faculdade ainda durante a pandemia de Covid-19, no final de 2021 Foto: Unioeste

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) formou em 2025 o primeiro aluno cego no curso de Ciência da Computação. Gustavo Hanke, agora egresso do curso realizado no campus Cascavel, ingressou na faculdade ainda durante a pandemia de Covid-19, no final de 2021, e se dedicou aos estudos ao longo os quatro anos de graduação, mostrando excelente desempenho. Ele é natural de Marechal Cândido Rondon e agora corre atrás de oportunidades no mercado de trabalho.

A formatura só foi possível porque a Unioeste conta com o Programa de Ensino Especial (PEE), que disponibiliza um professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) com papel de mediador ao acadêmico com deficiência e transtornos. O professor acompanhou o aluno dentro da sala de aula e trabalhou na adaptação de material e transcrição de algo que era passado em sala de aula. No caso do Gustavo, um professor do PEE o acompanhou do primeiro ano até parte do terceiro.

O acesso e a permanência nos sistemas de ensino para todas as pessoas é um direito. Na Unioeste, esse atendimento é realizado de acordo com o perfil de cada acadêmico, ou seja, o docente precisa conhecer a condição do acadêmico, bem como suas necessidades educacionais, e a partir do diagnóstico o profissional elabora estratégias e selecionará recursos variáveis para auxiliar durante a graduação.

Gustavo conta que não enfrentou muita dificuldade porque os professores se colocaram à disposição no que era preciso. “O processo em si foi muito tranquilo, eu não tive muito problema porque os professores deste curso estavam sempre muito dispostos a tentar me ajudar. Tive matérias muito complexas para ensinar para uma pessoa com deficiência visual, como geometria analítica, por exemplo, que envolve figuras tridimensionais, então acabei precisando de um acompanhamento e apoio didático de um professor, mas os professores estavam dispostos a fazer isso”, disse.

 

Muito dedicado e com um alto potencial intelectual, Gustavo chamou a atenção de muitos professores do curso, incluindo Adair Santa Catarina, que conta avalia as habilidades cognitivas e Gustavo além do “normal”. “Sua capacidade de imaginar e compreender conceitos espaciais (no caso de Computação Gráfica) excedeu a de muitos alunos. Dessa forma ele compreendeu os algoritmos da Computação Gráfica, de modo que o resultado visual pode ser alcançado, mesmo sem possuir este sentido”, afirmou.

Segundo ele, não há dúvidas de que Gustavo terá um grande futuro na profissão. “Tenho convicção que o Gustavo pode integrar-se a uma das grandes empresas da área de TI, onde poderá desenvolver produtos para qualquer fim. Estas empresas, além de terem um ótimo profissional, ainda poderão contar com sua experiência/vivência no que tange à acessibilidade”, afirmou.

Além dos professores, os colegas e agentes educacionais também foram bastante solícitos. “A reitoria dispôs o espaço do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) para o acadêmico realizar o seu e estágio obrigatório, fomentando a inclusão e auxiliando nas necessidades do Gustavo, os colegas da turma, sempre aceitaram e promoveram a inclusão em sala de aula e nos espaços externos, dando apoio para a mobilidade e para a execução dos trabalhos propostos”, explicou Jaqueline Dernadin, coordenadora do PEE da Unioeste.

 

CURSO – O curso existe desde 1993. Ele foi implantado com nomenclatura de Informática, tendo sido alterado em 2010 para Ciência da Computação. Ele ensina alunos a gerenciar e conduzir projetos complexos de desenvolvimento de sistemas, especificar requisitos de software e hardware, propor novas tecnologias, rever processos, implantar sistemas de garantia de qualidade (software/hardware) e atuar nas diversas áreas da computação, como gerenciamento de redes, bancos de dados, internet e desenvolvimento de softwares.

As disciplinas da estrutura curricular envolvem estudos de Probabilidade e Estatística, Inteligência Artificial, Linguagens de Programação e Projeto e Análise de Algoritmos, entre outros. 

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