A noite de sexta-feira, dia 25 de agosto, encantou o público de Toledo e região que prestigiou a entrega das obras de revitalização do Museu Histórico Willy Barth. Mais de R$923 mil foram investidos para ampliar e remodelar a estrutura existente. Agora existem três salas para exposições, sendo uma delas para exposição permanente do acervo. Iluminação moderna e fachada externa nova estão entre as melhorias proporcionadas.
O expressivo público presente foi recepcionado pela banda formada pelos professores da Casa da Cultura Gianni Ambrosino, Allyssson Delega, Rafael Rodrigues, Márcio Neves, Cristiano Frank e Michel Meneghini. Após o descerramento da fita de abertura pelo prefeito Beto Lunitti e demais autoridades presentes apreciaram a vernissage das artistas de Toledo, Edy Braun com a exposição intitulada “Toledo 70 anos, a natureza agro dessa terra e suas possibilidades tecnológicas, gerando trabalho e bem estar” e da artista Larissa Salgado, com a exposição denominada “Flor e Ser”.
“Em relação à política cultural, nós temos feito ações fundamentais e importantes, essa é uma delas. Para o ano que vem já estamos colocando no orçamento de 2024 a recuperação do Ondy Niederauer, pois é necessário, além de ser um espaço cultural importante para nosso município e precisamos recuperar. Nós já temos um terreno de dois mil metros quadrados à disposição da Academia Toledana de Letras, próximo ao Museu Histórico, onde estão buscando recursos federais para a construção de um espaço próprio. Estamos valorizando a cultura e estamos com o pé no acelerador para fazer os investimentos necessários Ficamos honrados em poder contribuir com isso”, declarou o prefeito Beto Lunitti em seu discurso.
“Cultura é saber respeitar o espaço de cada um e estou muito feliz de estar aqui. O museu foi criado em 1976, então imaginem quantas histórias estão guardadas lá dentro?”, indagou o vice-prefeito Ademar Dorfschmidt.
A secretária da Cultura, Rosselane Giordani, recepcionou os convidados, agradeceu toda a equipe de servidores, os artistas e o público que se fez presente no momento da reinauguração. “O museu representa o cuidado com nossa memória, com nossa história, representa o lugar onde a arte é acolhida, onde nossos artistas podem expressar a sua emoção, o seu desejo mais íntimo por meio das telas, das esculturas, por meio das letras e poesias. O museu é a casa das artes, investir nesse espaço é demonstrar a sensibilidade e a importância que a cultura tem em nosso município”.
Ela informou que a partir da reabertura do museu, o espaço terá horário estendido nos fins de semana. No primeiro e no segundo sábado do mês as portas estarão abertas para ampliar a possibilidade dos munícipes poderem apreciar o patrimônio histórico. “Além disso, poderemos retomar o projeto Conhecendo Toledo, que prevê a visitação de alunos da rede municipal de ensino”, complementa.
Pelo Legislativo, os vereadores Dudu Barbosa, Gabriel Baierle e Leoclides Bisognin, exaltaram a importância do museu histórico, elogiaram a nova estrutura e destacaram os investimentos realizados pelo poder público no sentido de preservar o resumo da história do município, sua essência, além de registrar os hábitos e costumes de cada época.
Os investimentos também despertaram sentimentos de quem vivenciou e interage com a história do museu desde sua criação. É o caso do servidor que está encerrando sua carreira no município, Anésio José Vitto. “Nesse momento estou muito feliz com a continuidade do trabalho, que não é só a reforma do prédio que importa na existência do museu, mas também a estrutura humana que está sendo construída. Além da reforma, estou muito contente com a presença do museólogo, isso é uma referência na região. O município contratou museólogo em 2019 e agora, recentemente, contratou um historiador. E não é qualquer município que tenha um profissional desse. Esses profissionais formados são importantes para valorizar a memória e a história de Toledo. Alguns municípios com quatro museus não possuem esses profissionais, então temos que comemorar”, salientou Anésio.
A filósofa e professora da Unioeste, Doralice Diniz, é uma apreciadora das artes, acompanhou a cerimônia e prestigiou cada exposição. “É sempre uma perspectiva nova, a gente tem que aprender com a história. Temos uma parte da nossa identidade aqui. Um povo sem história não é um povo constituído. Não é só memória afetiva, mas também o resgate da nossa construção como pessoa”, evidenciou. Doralice reforçou a importância de se aplicar o dinheiro público de forma adequada e cobrou para que outras ações como essa se repitam.
A coordenadora do Museu da Imagem e do Som de Cascavel, Silvia Prado, também acompanhou as festividades. “Sempre que tem uma inauguração ou reinauguração de um museu já demonstra a preocupação da gestão com a preservação da história e mostra para as futuras gerações quem fez parte da formação da cidade”, evidenciou Silvia. “É um prazer estar aqui novamente, estive em 2015 quando o museu inaugurou e é muito gratificante voltar e ver que hoje está melhor”, acrescentou.
Histórico - O museu público de Toledo foi criado pela Lei Municipal nº 834, de 23 de agosto de 1976, sancionada pelo Prefeito Wilson Carlos Kuhn. No mês seguinte, pela Lei Nº 844 de 29 de setembro, passou a ser denominado Museu Histórico Willy Barth em homenagem ao pioneiro, colonizador, prefeito de Toledo e na época maior liderança no Oeste do Paraná, falecido repentinamente em 02 de abril de 1962. Embora criado e nomeado oficialmente, o museu só foi instalado em 1984, em uma sala na Casa da Cultura. A partir da aquisição do Centro Cultural em 1985, o Museu foi transferido para o local, no primeiro piso, funcionando junto com a Biblioteca Pública Municipal. Com a cedência do prédio para a Unipar, o Museu foi instalado no prédio do antigo Fórum Vilson Balão, esquina da 7 setembro com a Almirante Barroso. Em 1998, retornou ao Centro Cultural até a mudança para a sede própria no Bairro da Vila Becker em 01 de outubro de 2015.
O Museu Histórico Willy Barth é um equipamento cultural vinculado à Secretaria de Cultura e tem como missão principal resgatar, preservar e divulgar a Memória Histórica do Município de Toledo e região. Com mais de 20 mil peças em seu acervo, o espaço reúne cerca de 15 mil documentos, 5 mil fotografias, além de diversos objetos históricos.