A hesitação vacinal, que antes se disfarçava sob o rótulo de "antivacina", tomou uma proporção alarmante. Com os índices de vacinação em queda livre, estamos testemunhando uma consequência direta e devastadora: os internamentos em hospitais dispararam, sobrecarregando o sistema de saúde e revelando uma realidade sombria. Não se trata mais de uma questão de escolha pessoal baseada em desinformação; as ramificações são agora uma ameaça coletiva e imediata à vida.
A ciência é clara: vacinas salvam vidas. Elas são a ferramenta mais eficaz que temos para prevenir doenças graves, reduzir a taxa de hospitalizações e evitar óbitos. No entanto, a disseminação de notícias falsas e a perpetuação de teorias conspiratórias têm levado muitas pessoas a rejeitar essa proteção vital. O resultado é um cenário onde doenças que poderiam ser controladas ou erradicadas voltam a circular com força, atingindo principalmente os mais vulneráveis e aqueles que, por algum motivo, não puderam ser vacinados.
Os hospitais, antes respirando aliviados com a queda nas internações após campanhas de vacinação bem-sucedidas, estão novamente sob pressão. Leitos de UTI estão lotados, equipes médicas exaustas e recursos escassos. A conta, no fim das contas, é paga por toda a sociedade, seja em termos de vidas perdidas, sofrimento desnecessário ou pelo colapso de um sistema que deveria estar apto a cuidar de todos. É hora de reavaliar: o que parecia ser uma "liberdade de escolha" tornou-se, na prática, uma escolha pró-morte para si e para a comunidade.