Desenvolvido pela Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec, o sistema Reciclômetro, do Programa Coleta Mais, começou a ser utilizado por quatro cooperativas de catadores em Belém (PA). A ferramenta monitora a gestão de resíduos e os impactos da reciclagem, e já é aplicada desde 2019 em cooperativas e associações do Paraná e Mato Grosso do Sul.
“O Reciclômetro é um excelente sistema de gestão porque permite medir a eficiência da reciclagem, e o quanto ela reverte em recursos para os catadores”, explica Rosana Paitch, gestora do Programa Coleta Mais, na Itaipu Binacional. “Dá transparência aos resultados, mostrando o impacto social e ambiental daquela atividade.”
No Pará, o objetivo é replicar a metodologia do programa Coleta Mais e monitorar por meio do Reciclômetro os indicadores de produtividade das quatro cooperativas. “Nossa meta é que em 2026 consigamos ampliar de 255 para 500 toneladas de resíduos recicláveis triados por mês, aumentar os postos de trabalho, de 88 para 124 catadores, e aumentar a renda média, hoje inferior a um salário-mínimo, para até R$ 2.200”, prevê Paulo Henrique Squinzani, coordenador do eixo de resíduos do Itaipu Parquetec.
Educação ambiental
Recentemente, o Reciclômetro começou a ser utilizado também em eventos, no Pará. Materiais como papéis e copos plásticos são triados e pesados, fornecendo aos participantes dados em tempo real. É o que explica Débora Gonçalves, presidente da cooperativa Concaves, em Belém. “Usamos o mesmo método utilizado na UVR, e acaba funcionando também como ferramenta de educação ambiental, porque o público vê o impacto da reciclagem”, explica. Após o evento, a cooperativa fornece um certificado de sustentabilidade aos organizadores do evento. “Entendemos a oportunidade única de ter a Itaipu e o Itaipu Parquetec como parceiros e queremos nos tornar referência na Amazônia para esses parceiros tão importantes”, finaliza Débora.
Certificado fornecido pela cooperativa aos organizadores de um evento no Pará.
Página do sistema Reciclômetro. Foto: captura de tela
Reciclômetro sendo alimentado com dados. Foto: Divulgação
Débora Gonçalves, da cooperativa Concaves, em Belém. Foto: Divulgação
Rosana Paitch, da Itaipu. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional.