A Secretaria Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu promove nesta quarta-feira (10) uma série de atividades alusivas ao Setembro Amarelo, com destaque para uma blitz trinacional em três pontos estratégicos da cidade: a aduana do Paraguai, a aduana da Argentina e o Terminal de Transporte Urbano. A ação reúne profissionais de saúde e voluntários do Brasil, Paraguai e Argentina para dialogar com a população, distribuir materiais informativos e oferecer escuta sobre saúde mental.
Além da mobilização trinacional, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município terão programação voltada à campanha, em parceria com a Diretoria de Atenção Primária. Cada UBS desenvolveu atividades próprias, que incluem rodas de conversa, encontros internos com profissionais e ações abertas à comunidade. Os espaços também foram identificados com cartazes e painéis produzidos pelas equipes, com mensagens sobre valorização da vida e incentivo à busca por ajuda.
As ações se estendem ainda às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ao Centro de Especialidades Médicas (CEM), aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS I, CAPS II e CAPS AD) e ao Ambulatório de Saúde Mental, todos engajados na campanha.
A coordenadora de Saúde Mental de Foz do Iguaçu, Renata Carvalho, afirma que o Setembro Amarelo é um momento de reforçar o diálogo. “O objetivo é estimular as pessoas a falarem sobre seu sofrimento e sua dor emocional. Muitos ainda se fecham diante de transtornos como depressão e ansiedade, e essa mobilização serve para reduzir o estigma e lembrar que pedir ajuda é fundamental”, diz.
As atividades contam com apoio de diversos parceiros institucionais e comunitários. Entre eles estão Itaipu Binacional, a Guarda Municipal, a Guarda Mirim, o Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas, o projeto Chute para o Futuro, a ACDD, a APAE, o Nosso Canto, a AFA, a Comunidade Terapêutica Sagrada Família, o CER 4 e as unidades de acolhimento adulto e infantil. Instituições de ensino superior também participam: Uniguaçu, Cesufoz, Unioeste e Uniamérica mobilizaram acadêmicos de psicologia, supervisionados por professores, para atuar nas ações desta quarta e ao longo do mês.
A campanha não se limita a um único dia. Durante setembro, haverá atividades em todas as escolas do município, em parceria com o Núcleo Regional de Educação. Estão previstas rodas de conversa em turmas do 6º ano do ensino fundamental e do 2º ano do ensino médio. A proposta é criar um espaço de fala entre os estudantes, seguido da entrega de materiais com orientações sobre onde buscar apoio em caso de necessidade.
Outro parceiro estratégico é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que mantém o telefone 188 disponível gratuitamente, 24 horas por dia. O número é divulgado como uma alternativa de apoio imediato e sigiloso.
Carvalho destaca que a campanha reforça um trabalho contínuo. “Os CAPS e os demais serviços de saúde mental atendem durante todo o ano, mas o Setembro Amarelo amplia a conscientização e fortalece parcerias. É uma rede de cuidado que envolve saúde, educação e sociedade civil, mostrando que falar sobre sofrimento pode salvar vidas”.