A maior trilha da América Latina, por dentro da Amazônia brasileira, será oficialmente lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em novembro. Serão 460 km, atravessando quase todo norte do estado do Pará.
A estrutura da Trilha Amazônia Atlântica está na fase final. No trajeto, o visitante poderá conhecer o modo de vida das populações extrativistas, coletores de caranguejo, exploradores de babaçu, agricultores e pescadores.
O percurso entre a capital, Belém, e o município de Viseu, na divisa com o estado do Maranhão, está sendo equipado com mapas, sinalização e orientações, além do apoio dos moradores, prestadores de serviços e empreendedores locais capacitados.
A trilha cruzará sete unidades de conservação, entre reservas extrativistas marinhas, áreas de proteção ambiental, e um refúgio de vida silvestre, além de seis territórios quilombolas.
E pelo aplicativo eTrilhas, os visitantes também podem entrar em contato direto com os prestadores de serviços nas proximidades.
De acordo com o diretor do Departamento de Áreas Protegidas da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Pedro Cunha e Menezes, existem trilhas semelhantes no Peru, Equador e Colômbia, e recebem turistas interessados em trilhas pela Amazônia. Mas nenhuma tão grande como a nova estrutura da Trilha Amazônia Atlântica.
A expectativa do Ministério do Meio Ambiente é que, no primeiro ano de abertura da trilha, 10 mil pessoas percorram o trecho, a pé ou de bicicleta.