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Por: FDC- ICME aponta expectativas positivas para os próximos meses

Em sua mais recente edição, o estudo realizado pela Fundação Dom Cabral sinaliza um aumento da confiança dos médios empresários brasileiros.

16/10/2023 às 10h08 Atualizada em 16/10/2023 às 10h13
Por: Redação Fonte: FDC/CNN
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

4ª edição do Índice de Confiança da Média Empresa (ICME), realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC) e divulgada em setembro de 2023, aponta um avanço da segurança dos empresários no último semestre e uma expectativa de ascensão para os próximos meses.

Os índices medidos pelo ICME, fundamentais para direcionar os negócios, apontam a intenção de investimentos e da expectativa de crescimento das empresas de médio porte brasileiras. E o mais recente estudo sinalizou um aumento de 3,4 pontos no período (alcançando 45), revelando que, embora o ICME permaneça abaixo da marca de referência de 50 pontos (índice que delimita maior ou menor confiança empresarial), houve um aumento significativo tanto em relação às condições atuais, que subiu 2,3, quanto às perspectivas futuras, que registraram um incremento de 4,6 pontos.

Esse resultado reflete uma percepção de melhora ou alinhamento das expectativas relativas ao cenário econômico, político e social nacional e internacional, bem como a maior clareza quanto a situação fiscal, a inflação e o câmbio.

Resultados setoriais

A pesquisa identificou avanço da confiança dos médios empresários atuantes no setor da Indústria, com o ICME variando 3,9 pontos. Para o setor de Comércio, observa-se um aumento de 2,3 pontos, enquanto no setor de Serviços o avanço foi de 3,5 pontos.

Os resultados apontam uma trajetória de recuperação da confiança, apesar de ainda estar em um patamar baixo. Embora a Indústria tenha apresentado a maior variação positiva no ICME, o setor de Serviços ainda demonstra uma maior segurança em relação aos demais (47,5).

Além disso, a pesquisa sinaliza a maior confiança da Indústria (44,2) em comparação com o Comércio (42,6). “De certa forma, a baixa confiança no setor de Comércio pode refletir a redução do consumo gerada pelo desemprego e endividamento das famílias, bem como pela crise gerada por problemas fiscais e legais em grandes varejistas nacionais. No caso da Indústria, perspectivas positivas em relação à reforma tributária, à redução da taxa de juros e à relativa estabilidade cambial podem explicar um aumento mais expressivo da confiança empresarial”, explica Áurea Puga, professora da FDC e uma das líderes do estudo.

 

 

Regiões do Brasil

Em relação aos resultados regionais, a 4ª edição do Índice de Confiança da Média Empresa aponta um avanço da confiança dos médios dos empresários em todas as regiões. A região Nordeste, o índice não apenas registrou o maior avanço (4,9), mas também apresenta o índice mais elevado de confiança regional (47,9).

Na região Centro-Oeste, a melhoria do ICME também foi substancial (3,4), atingindo 45,2 pontos. Atualmente essa região ocupa o terceiro lugar em termos de confiança entre os executivos e gestores de empresas de médio porte. No Sudeste, o índice alcançou 46,4 pontos, evidenciando uma recuperação de 3,2, um aumento notável.

Na região Sul, a confiança permanece comparativamente mais baixa (42,3), com uma melhoria de apenas 2,8 pontos. Por último, a região Norte apresentou o menor avanço na confiança, com o ICME do 2º semestre de 2023 atingindo o valor de 40,7 pontos. Esse aumento de apenas 0,9 indica estabilidade em relação à última edição do estudo.

Apesar das melhorias, a edição atual do ICME ainda aponta para uma baixa confiança em todas as regiões do país. “É importante notar uma recuperação das condições atuais e, especialmente, o avanço das expectativas futuras em todas as regiões. Essas evidências continuam indicando a tendência de melhoria na confiança no contexto econômico, político, social e competitivo para as médias empresas para os próximos seis meses”, sinaliza Puga.

 

 

Índice de Condições Atuais (ICA)

O ICA revelou melhorias, impactadas principalmente pela menor pressão inflacionária e pela avaliação menos negativa dos impactos de turbulências políticas e sociais para as médias empresas. O Índice de Condições Atuais avançou 2,3 pontos, chegando a 41,9, refletindo avanços anunciados na última edição do estudo. O ICA é composto pelos fatores Macroambiente, Microambiente, Dinâmica Setorial e Custos do Negócio.

 

 

Índice de Expectativas Futuras (IEF)

As expectativas dos empresários mostram uma persistente tendência de recuperação para os próximos seis meses. Houve um avanço de 4,6 pontos, chegando a 48,2, o que indica esperança de que o cenário para empresas de médio porte continuará a melhorar no futuro próximo. O Índice de Expectativas Futuras é composto pelos mesmos fatores mensurados no ICA, que são o Macroambiente, o Microambiente, a Dinâmica Setorial e os Custos do Negócio.

 

 

Impacto na geração de empregos

A trajetória na recuperação da confiança ainda não se reflete na geração de empregos, apresentando tendência de estabilidade na criação de postos de trabalho. Os resultados da pesquisa projetam uma expectativa de variação negativa de 0,12% no saldo de empregos entre as empresas de médio porte brasileiras para os próximos seis meses, valor que indica estatisticamente um equilíbrio no saldo líquido de empregos. O setor do Comércio é o que espera apresentar maior redução de postos de trabalho, com variação negativa de 1,1%. As Indústrias de médio porte esperam uma redução de 0,6%, enquanto as de Serviços apresentam a tendência de contratação, com expectativa de aumento de 0,6% dos postos de trabalho.

O material completo com a análise do Índice de Confiança das Médias Empresas, elaborado pela Fundação Dom Cabral, pode ser acessado neste link.

 

Sobre Fundação Dom Cabral

A FDC é uma escola de negócios brasileira com mais 47 anos, que está entre as melhores do mundo e na 7ª posição dentre as instituições de educação executiva participantes do ranking do jornal inglês Financial Times 2023.

Oferece uma abordagem educacional diferenciada: o UNI(CO), que cria experiências consistentes, contínuas e com impacto positivo em seus três pilares de atuação: Educação Executiva, Acadêmica e Social para pessoas, organizações e o mundo. Consegue combinar em sala de aula: inteligência com afetividade, o rigor científico com aplicabilidade e desempenho com progresso social, mostrando o seu jeito de fazer educação. Sempre acompanhando as transformações globais, tem como missão contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação, capacitação e desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos.

Cerca de 46 mil profissionais passaram pela instituição em 2022. No âmbito da Educação Social, o FDC – Centro Social Cardeal Dom Serafim foi concebido para apoiar jovens em situação de vulnerabilidade social, empreendedores populares, organizações sociais e seus gestores, por meio do desenvolvimento e capacitação. A escola também tem o portal Seja Relevante, que democratiza o acesso a conteúdos proprietários e a informações relevantes sobre carreira, gestão, negócios e impactos positivos.

 

 

CNN

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