O status de Toledo como maior produtor de alimentos do Paraná acaba de ser atualizado. De acordo com prévia divulgada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) divulgado no começo da noite desta quarta-feira (21), o município permanece, pelo décimo ano consecutivo, na liderança do ranking estadual do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), que representa a soma do faturamento das propriedades rurais instaladas no território toledano.
Na safra 2021/2022 esse montante foi de R$ 4.290.849.170,82. Novamente, os carros-chefe do VBP foram as cadeiras produtivas da suinocultura e da avicultura, com movimentação, respectivamente, de R$ 1.752.151.312,62 (40,08 do total) e R$ 1.305.163.503,68 (29,86%). Principais componentes da ração que alimenta frangos e porcos, os grãos também ocupam papel de destaque, com 69.201 toneladas de soja faturadas por R$ 609.568.572,80 (13,94%) e 578.975 toneladas de milho comercializadas por R$ 207.778.753,25 (4,75%).
O prefeito Beto Lunitti celebra o fato de Toledo consolidar sua condição de maior produtor de alimentos do Paraná na última década. “Atribuo essa liderança no ranking estadual do VBP ao esforço e desempenho dos nossos produtores, um resultado que acaba impactando positivamente na indústria, no comércio, na prestação de serviços e na formação de riquezas para o município. O poder público tem oferecido o máximo de incentivo para o setor, criando um ambiente favorável para os negócios, investindo em inovação e tecnologia, ampliando nossas potencialidades”, analisa.
O secretário do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Diego Bonaldo, entende que, apesar de alguns percalços, Toledo tem muito a celebrar o resultado divulgado pela Seab. “Tivemos uma quebra significativa na safra de grãos, o que também impactou na produção de proteína animal, que depende deles para alimentar os rebanhos. Contudo, soubemos equacionar este problema e conseguimos manter Toledo no topo do VBP no Paraná. É neste momento que percebemos a importância de termos aqui os abatedouros, grandes indústrias que agregam valor à suinocultura, avicultura e piscicultura”, observa.
Segundo o diretor de Desenvolvimento Agropecuário e Abastecimento, da Secretaria do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico, João Luis Nogueira, a diversificação das propriedades foi decisiva para que Toledo permanecesse no topo do VBP em nível estadual. “Essa redução do VBP pode ser atribuída a fatores climáticos decorrentes do fenômeno La Niña, que tornou o inverno mais rigoroso e fez diminuir a chuva que caiu em todo o Sul do Brasil, afetando a safra de grãos, sobretudo a soja que foi plantada nas regiões Norte e Oeste do estado. Em nosso município, a queda só não foi pior em virtude da diversificação das mais de 6.000 propriedades instaladas em nosso território, o que amenizou as perdas. Também contribui o fato de o agronegócio local trabalhar sob a perspectiva da agregação de valor, exportando produtos para 150 países”, analisa. “Essa redução na produção foi compensada pelo aumento das cotações das sacas de milho e soja, reflexo do choque de oferta causado pela invasão russa à Ucrânia. Para este ano, a tendência é de um quadro mais equilibrado, com safras acima da média de soja e milho, que poderão ser adquiridos pelos pecuaristas por um preço mais acessível”, avalia.
Top 10
Este levantamento de VBP é realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab desde 1997 e, desde então, Toledo ficou em primeiro lugar no âmbito estadual em 24 oportunidades, sendo desbancada por Castro somente em 2009 e 2012. O município dos Campos Gerais aparece na segunda posição deste ranking, com Valor Bruto de Produção Agropecuária de R$ 4.152.524.326,92 (R$ 138.324.843,90 a menos que a Capital Paranaense do Agronegócio) – o pódio é completado por Cascavel (R$ 3.198.711.181,90).
Outros três municípios da área de abrangência do escritório local da Seab estão entre os dez maiores VBP do Paraná: Santa Helena (5º, R$ 2.321.406.367,56), Marechal Cândido Rondon (8º, R$ 2.042.885.535,45) e Assis Chateaubriand (10º, R$ 1.754.033.041,71). Guarapuava (4º, R$ 2.664.212.533,09), Carambeí (6º, R$ 2.245.739.924,55), Tibagi (7º, R$ 2.161.485.961,71) e Dois Vizinhos (9º, R$ 2.007.296.917,85) fecham o “Top 10” que responde por quase 14,04% do VBP do Paraná, que chegou à marca de R$ 191,2 bilhões.
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