As eleições municipais de 2024 serão realizadas no dia 6 de outubro e, no Paraná, devem ser ainda mais movimentadas do que em 2020. Desde o último pleito para eleger prefeitos e vereadores, o número de eleitores no estado teve alta de quase 4%, o equivalente a 313 mil eleitores a mais. Só que, apesar desse crescimento geral, quase um terço dos municípios paranaenses viram o eleitorado “encolher” nos últimos anos.
Conforme as estatísticas do eleitorado, atualizada mensalmente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2020, após o encerramento do prazo para tirar o título de eleitor ou fazer a transferência do domicílio eleitoral, o Paraná somava 8.152.710 eleitores. Já em dezembro de 2023, mês mais recente com dados disponíveis, o eleitorado paranaense já somava 8.466.190 pessoas — uma alta de 3,85%, com acréscimo de 313.480 eleitores no período analisado.
Em cinco municípios, o aumento no número de eleitores desde o último pleito municipal ficou próximo de 10%. Foram os casos de São José dos Pinhais (+9,8%), Sarandi (+9,6%), Nova Laranjeiras (+9,5%), Piraquara (+9,5%) e Foz do Iguaçu (+9,4%). Duas dessas cidades, inclusive, estariam hoje aptas a receber um inédito segundo turno na disputa pelo cargo de prefeito: São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu.
Por outro lado, também chama a atenção o fato de que 123 municípios paranaenses — o equivalente a 30,8% das 399 cidades do estado, quase um terço do total — perderam eleitores desde as eleições municipais de 2020. A situação foi registrada principalmente em municípios menores, com menos de 20 mil eleitores, mas algumas cidades maiores também “entraram no bolo”, casos de Francisco Beltrão (que hoje soma 65.081 eleitores, 1.066 a menos que em 2020), Marechal Cândido Rondon (com 39.722 eleitores, 653 a menos que no último pleito) e Medianeira (cujo eleitorado soma 36.575 pessoas, 1.073 a menos que em 2020).
Proporcionalmente, contudo, os maiores “tombos” no eleitorado foram registrados nos municípios de Grandes Rios (-9,4%, com 4.696 eleitores), Itaúna do Sul (-9%, com 2.798) e Engenheiro Beltrão (-8,9%, com 9.864). Já em número absoluto, as cidades que mais perderam eleitores foram Ivaiporã (-1.738, somando atualmente 23.414 eleitores), Pitanga (-1.610, hoje com 25.373) e Colorado (-1.506, com 17.571).
Importante ressaltar que os números aqui apresentados ainda podem (e devem) mudar nos próximos meses). Até o dia 8 de maio (uma quarta-feira) ainda é possível que jovens tirem o título, bem como outros eleitores façam a transferência do domicílio eleitoral ou alterem o local de votação. É que o período de alistamento eleitoral se encerra 151 dias antes do pleito. Após o período de alistamento, contudo, nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido.
No Brasil, prefeitos e vice-prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores são eleitos com votação em dois turnos (caso o candidato ou a candidata mais votada à prefeitura não tenha atingido mais da metade dos votos válidos no primeiro turno). Nos municípios com menos de 200 mil eleitores, então, o pleito que define a chefia do Poder Executivo municipal é realizado em turno único.
Em 2020, apenas cinco municípios paranaenses poderiam ter segundo turno nas eleições municipais: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. Já em 2024, a expectativa é que sete cidades estejam aptas a ter uma disputa pela chefia do Poder Executivo municipal em dois turnos.
É que o eleitorado de São José dos Pinhais e de Foz do Iguaçu teve um crescimento expressivo nos últimos anos, superando a marca de 200 mil eleitores cadastrados. No caso da cidade na Grande Curitiba, haviam 197.064 eleitores em 2020, número que cresceu 9,8% desde então e chegou a 216.380 em dezembro último. Já em Foz, o número de eleitores deu um salto de 9,4%, passando de 183.306 para 200.493. Hoje, portanto, as duas cidades poderiam ter um segundo turno na disputa pela Prefeitura.
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