Focada em ampliar as soluções sustentáveis para o setor turístico no Brasil, a Itaipu Binacional irá utilizar o combustível biometano, gerado pelo CIBiogás, para abastecer os ônibus da frota do Turismo Itaipu. A iniciativa dá início ao SmartCTI, primeiro sandbox em complexo turístico do Brasil para testes e validações de soluções tecnológicas, além de integrar o programa ConectaIGU, parceria entre o Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR) e o EmbraturLAB que vai impulsionar startups que resolvam desafios do turismo com visões favoráveis ao meio ambiente.
A cerimônia de lançamento foi realizada na última semana e contou com a presença da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, presidente da Embratur, Marcelo Freixo, diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, diretor-superintendente do PTI, Irineu Colombo, e diretor-presidente do CIBiogás, Rafael González.
Rafael González afirma que a iniciativa contribui para o desenvolvimento do biogás e biometano, com a democratização da fonte em todo o Brasil. González ainda ressalta que a inserção do combustível renovável no contexto de turismo, na maior geradora de energia do país, populariza a iniciativa e aproxima os usuários de tecnologias sustentáveis.
O CIBiogás já executa o projeto da Unidade de Demonstração Itaipu (UD Itaipu), que gera biometano para, aproximadamente, 40 veículos da frota da Binacional.
“Para desenvolver projetos e empreendimentos em biogás e biometano, precisamos de integração tecnológica e essa integração se dá por várias empresas. A inovação está no todo, na junção e compartilhamento de expertises a favor da matriz energética”, conta González.
O diretor-geral brasileiro da Binacional também enfatiza os benefícios da iniciativa para o desenvolvimento da inovação.
“Somente teremos desenvolvimento com inovação tecnológica. E inovação não é só ideia, é aplicar a ideia para que ela possa ser útil para a vida das pessoas, como o que tem sido feito em iniciativas do PTI e do CIBiogás”, disse Enio Verri, diretor-geral brasileiro da Itaipu.
“Temos ainda um ganho ambiental com tais ações, capazes de projetar o país na transição energética”, destaca o diretor-geral.
Biometano na UD Itaipu
Ativa desde 2017, a unidade alocada no PTI foi idealizada a partir do “Projeto Mobilidade a Biometano”, e reutiliza resíduos de três restaurantes do complexo que geram biometano para os veículos da Itaipu Binacional que se locomovem pela cidade de Foz do Iguaçu.
O projeto trata de Resíduos Sólidos Orgânicos (RSO) e substratos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Receita Federal (RF) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de produzir biofertilizantes para a fertirrigação de gramas ou áreas degradadas.
González destaca a importância de inovações nacionais focadas na ampliação da matriz energética.
“Entendo que estamos fazendo justamente isso, trazendo a tecnologia e tornando-a mais disponível dinamizando a cadeia do biogás, mas principalmente ajudando na industrialização do próprio país a partir de tecnologias nacionais e diminuindo as barreiras para o acesso à essas tecnologias futuramente”, afirma González.
Até o momento, a UD Itaipu gerou 362,5 toneladas de resíduos tratados, além de mais de 40 mil metros cúbicos de biometano e 481 mil km rodados pelos veículos, confirmando a eficácia do projeto e a redução de emissões provocadas pelos combustíveis fósseis. O projeto deve entrar em operação ainda em 2023, os testes começam nos próximos meses.
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