Começaram a ser comercializadas as primeiras telhas para captação de energia solar do Brasil. A Eternit – companhia especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil – desenvolveu a linha Tégula Solar, uma telha feita de concreto com células fotovoltaicas incorporadas na superfície.
Aprovada e registrada pelo Inmetro desde 2019, a telha mede 36,5 cm por 47,5 cm e possui uma potência de 9,16 watts, o que representa uma capacidade média mensal de produção de 1,15 Kwh, com vida útil estimada em 20 anos. A estimativa é que o investimento seja recuperado entre 4 e 5 anos.
De acordo com Luiz Antonio Lopes, responsável pela área de Desenvolvimento de Novos Negócios da Eternit, em média, uma cobertura de 30% a 40% do telhado com a telha solar é capaz de fornecer toda a energia de uma casa. "Basta ter luz solar", destaca.
“É um produto de fácil instalação e que não interfere na arquitetura das construções, com peso e estrutura semelhantes ao das telhas convencionais, mas que agrega valor ao telhado, além de oferecer proteção, conforto térmico e acústico", acrescenta. Dependendo da cor escolhida para o concreto, as placas fotovoltaicas ficam mimetizadas e acompanham o design da cobertura.
O produto é resultado de um novo posicionamento da empresa que vem em busca de solucionar questões e tendências trazidas pelo mercado, como a sustentabilidade e o aproveitamento da área útil do telhado. O próximo passo é a produção e a comercialização da versão de fibrocimento e ondulada dos captadores de energia solar. A ideia é que a telha seja usada em galpões, indústrias, comércios, moradias populares e qualquer construção com platibanda.
ATUALIZADO EM