Costumeiramente converso com Deus. Quando estou feliz e quando preciso de colo. Quando estou inteira e quando estou em pedaços. É a minha melhor companhia todos os dias. Minha melhor escolha. Uma voz tão terna e amorosa, misericordiosa e amiga.
Ele me conhece! Já sabe onde vou errar e onde vou acertar. A nossa conversa não tem hora e nem lugar, o que é muito oportuno, para quem o quer e o tem. Não existe um momento especial, nem lugar próprio ou particular. Só existe a vontade de orar e compartilhar a vida, a necessidade de andar junto.
Amigo não precisa de formalidade, nem palavras elaboradas, mas de espontaneidade e intimidade.
Converso com Ele enquanto estou dirigindo ou na sala de aula. Numa manhã de caminhada ou durante o almoço. Durante as lágrimas ou mesmo nas festas. Ele me ajuda, me ensina, me fortalece, me protege. Ele tá lá me acompanhando, confortando e trazendo uma paz imensurável.
A gente tem longas, dolorosas, lindas e profundas conversas.
Ele me desperta e alerta a me importar e enxergar, me fala e me mostra o que não consigo entender ou mudar.
Ele traz luz ao meu entendimento para como sentir, pensar e proceder. Mesmo no meio do caos, Ele me diz que sabe e tem poder, está no controle de todas as coisas, que Ele sabe o que e como fazer.
Eu descanso na sua vontade, que é perfeita e é muito além do que podemos compreender ou imaginar.
Um amigo sempre presente, fiel e verdadeiro, perto e junto de toda dificuldade, onde ninguém mais pode chegar e entrar.
A gente aprende com o tempo que Ele é o melhor amigo que a gente poderia ter e alcançar. A vida exige tanto e sozinhos a gente não consegue administrar e seguir, porque são tantas perguntas, lutas, inseguranças e indecisões.
Ele é o único que te conhece melhor do que você mesma, te ouve e pacientemente te entende, sabe bem quem você é e será. Sabe até onde você consegue chegar, seus limites, talentos e o seu propósito de existir.
A sua misericórdia então envolve a gente e sinto o seu abraço e amor. Sinto o seu cuidado, a sua direção e as portas sendo abertas, a direção. Vejo onde estão as portas, as quais devo passar e entrar.
Peço perdão daquilo que eu já deveria saber e ter aprendido, mas a gente esquece, se perde e se enfraquece. E Ele outra vez me levanta e me encoraja a continuar, no que é pra mim e tá me esperando, tomar a frente, adquirir a força, que não é na minha, mas é a sua graça, que sobre mim se derrama mais uma vez. Como é bom sentir a sua presença! Glória a Deus!
Cladesnei Estefânia Schneider