A guerra contra a dengue continua. Cascavel passou de 336 para 500 casos de dengue, conforme dados do novo boletim. O número supera o total de confirmações de todo o ano epidemiológico passado, quando tiveram 159 registros da doença.
O secretário de Saúde, doutor Miroslau Bailak, acompanhado da diretora de Vigilância Sanitária, Rozane Campiol e da gerente da Divisão em Saúde Ambiental, Clair Wagner, reuniu a imprensa nesta quinta-feira (15) para informar a comunidade sobre o atual cenário da dengue no Município.
O secretário afirmou que Cascavel se antecipou a este quadro e há seis semanas já "intensificamos nossas ações de combate à dengue junto à população. Nós estamos fazendo a nossa parte e se todos se unirem conseguiremos acabar com este desengonçado mosquito”, detalha.
Com o atual número, Cascavel entra em estado de epidemia de dengue. “Ou seja, ainda não atingimos os 1.050 casos estipulados pelos órgãos de saúde para chegarmos a uma pandemia da doença, mas se não cuidarmos dos nossos quintais e entornos, poderemos chegar a este número”, explicou a diretora de vigilância da Secretaria de Saúde, Rozane Campiol.
Entre as ações desenvolvidas pela Secretaria de Saúde de combate à dengue está a colocação de caçambas em bairros estratégicos da cidade, onde há maior incidência de casos de dengue. Na ultima sexta feira (9) foram instaladas 15 caçambas, distribuídas entre os bairros Santa Cruz, Esmeralda, Periolo e Cataratas. Os equipamentos foram recolhidos hoje. Em nove caçambas, foram contadas 10 toneladas de resíduos que terão a destinação correta.
“Hoje a tarde, mais quinze caçambas serão instaladas em três bairros, Cascavel Velho, 14 de Novembro e Colmeia. Os locais ainda serão definidos”, explicou a gerente da divisão em saúde ambiental, Clair Wagner.
“É preciso deixar claro para a população que estas caçambas servem apenas para o recolhimento de resíduos de pequena monta, que possam acumular água. Não é para colocar nestes equipamentos restos de grama, poda de árvores, móveis, entulhos, lixo, para estes materiais a Prefeitura disponibiliza o recolhimento correto. Precisamos da compreensão e colaboração da população no combate à Dengue, se não, não venceremos esta luta contra este desengonçado mosquito”, afirmou o secretário de Saúde, Miroslau Bailak.
Além das caçambas, a Secretaria de Saúde, pretende usar carros de som nos bairros e até cogitou a possibilidade de usar avião com equipamentos sonoros para propagar as informações de combate à dengue junto à população. “Este é mais um reforço na luta contra o aedes aegypti que além da dengue transmite a chikungunya e o Zika vírus”, frisou o secretário.
Sintomas
“Se você tiver qualquer sintoma que possa sugerir dengue como febre de 38,5 graus que é um dos primeiros a aparecer, seguidos de dor de cabeça, de dor no corpo, a chamada febre quebra ossos, o ideal é procurar a unidade de saúde do seu bairro naquela que é do seu território e você será atendido ali pelo profissional médico. Ele vai avaliar, e se for Dengue, você será orientado, e se precisar, inclusive em algumas unidades, está sendo feita a reidratação venosa. Em casa você pode fazer o soro caseiro com um litro de água filtrada ou fervida, se ferver, deixa esfriar, coloque duas colheres rasas de sopa de açúcar, e coloque uma colher rasa de sobremesa de sal, misture bem e vá dando aos poucos para a pessoa que necessita se reidratar. Se você se reidratar apenas com água pura, você pode desenvolver uma desidratação mineral, vai ter outro problema, então precisa ser um soro que tenha esses minerais”, orientou o secretário de saúde, Miroslau Bailak.
Exames
O Secretário de Saúde explicou que nas unidades de saúde não é solicitado pelos profissionais, o exame laboratorial contra dengue. O diagnóstico é clínico e epidemiológico. De acordo com Miroslau Bailak, Cascavel atingiu “ um número de casos que permite ao Município não fazer o teste. O correto é fazer este teste no sexto ou sétimo dia dos primeiros sintomas. Não resolve nada buscar exames antes disso se você tem quadro de dengue avaliado pelo profissional médico".
Ecopontos e Detran
Sobre o acúmulo de materiais recicláveis nos Ecopontos, Clair Wagner, disse que as Secretarias de Saúde e Meio Ambiente acompanham de perto a situação destes locais com vistorias constantes e orientação aos trabalhadores para que mantenham os resíduos armazenados de forma a não acumular água.
Com relação aos veículos estacionados no pátio do Detran, a gerente da divisão em Saúde Ambiental, falou que "é uma preocupação, até foi feita uma vistoria e tinha focos lá. Além do Detran, nós vistoriamos outros 49 pontos, que são ferros velhos, locais de acumuladores e locais de recicladores. Nós vistoriamos quinzenalmente, esses locais e quando necessário notificamos também”.
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