Horas depois de a Justiça suspender a greve dos professores da rede estadual de ensino do Paraná, dezenas de educadores já se reúnem na Praça Santos Andrade, na região central de Curitiba, para dar início à paralisação. O movimento é uma reação ao projeto de lei que pretende privatizar a gestão das escolas estaduais e que tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
A APP-Sindicato, que representa os professores, afirma que o pagamento da data-base deste ano (3,69%) e a reversão das perdas salariais da classe também estão entre as pautas da greve que se inicia nesta segunda-feira (3). Os docentes devem se reunir na Praça Santos Andrade e marchar até a Alep, no Centro Cívico, para acompanhar a votação da proposta. A expectativa é de que a matéria seja discutida pela Comissão de Educação e já seja votada em plenário.
“As 200 escolas sob risco imediato de privatização têm cerca de 175 mil matrículas. As empresas escolhidas devem receber R$ 800 por mês por estudante matriculado(a). Por mês, as empresas devem receber R$ 140,5 milhões, o que soma R$ 1,7 bilhão por ano”, diz a entidade.
Na esteira do movimento dos professores, deputados que compõem a bancada da oposição na Alep protocolaram um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná para suspender a tramitação do projeto. O presidente do tribunal, contudo, negou neste domingo (2) o pedido.
A desembargadora Dilmari Helena Kessler determinou, também no domingo, que os professores estão impedidos de realizar qualquer movimento grevista até que apresente um plano de manutenção das atividades educacionais, sob multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
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