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Vitória dos trabalhadores: Fafen-PR inicia recontratação de ex-funcionários

Os primeiros 214 foram recontratados, 4 anos depois do fechamento da fábrica de fertilizantes da Petrobras. “Dia de comemorar, junto aos trabalhadores e sindicatos”, disse Gleisi

16/08/2024 às 10h11
Por: Redação Fonte: PT na Câmara
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A determinação do presidente Lula de impulsionar a soberania brasileira tem um de seus focos na autonomia da produção de insumos para a agricultura, e um grande passo foi dado sexta-feira (5), com a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) da Petrobras, localizada em Araucária (PR).

A data foi marcada pela recontratação de 214 trabalhadores, do total de dois mil que serão readmitidos, e foi considerada como “dia histórico” por lideranças que se mobilizaram desde que a fábrica foi fechada em 2020. Bolsonaro colocou em risco não só a soberania como a segurança alimentar dos brasileiros.

A Fafen se reintegra ao Sistema Petrobras, que está investindo R$ 1,2 bilhão, e promoverá grande aquecimento da economia na região, com a perspectiva de geração de mais cinco mil empregos indiretos. A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, acompanhou todo o processo de reabertura e destacou a atuação decisiva do presidente Lula em suas redes sociais.

“(A Fafen) voltou à ativa por determinação do presidente Lula, que sempre defendeu a autonomia do país no setor de fertilizantes. Hoje é dia de comemorar, junto aos trabalhadores e sindicatos, por essa vitória. Continuaremos empenhados na luta pela soberania do país, pelos direitos dos trabalhadores e pelo desenvolvimento do Brasil”, salientou Gleisi, em postagem no Instagram anunciando as readmissões.  

O superintendente da Sudam, senador Paulo Rocha (PT-PA), postou em sua rede X um vídeo dos funcionários readmitidos agradecendo ao presidente Lula e à presidenta Gleisi.

 

A cerimônia de recepção dos trabalhadores readmitidos na Fafen aconteceu no Campus Zilda Arns, que é um centro de treinamento da Petrobrás na cidade. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), o Sindiquímica Paraná, o Sindipetro PR/SC e outros sindicatos e organizações que representam a categoria estiveram presentes.

Feliz com a decisão do governo Lula, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) postou em seu perfil na rede X que ela beneficia diretamente a agricultura familiar, camponesa, o agronegócio e gera emprego e renda em todos os setores relacionados, além de impulsionar a economia brasileira, a soberania nacional e o desenvolvimento do Paraná.

“Fertilizantes mais baratos, com fábrica mais perto da lavoura paranaense. A reabertura da Fafen, em Araucária, é uma vitória dos trabalhadores(as) e produtores(as) rurais do Paraná! Os fertilizantes têm um peso muito grande no custo da produção no campo”, escreveu.

Em vídeo nas redes sociais, Zeca Dirceu lembrou a demissão de mil trabalhadores em 2020 e resgatou a importância da Fafen. “Sua retomada reduz a dependência de importação e é fundamental para a soberania brasileira”.

 

 Sanha privatista interrompida 

A Fafen era uma das muitas empresas incluídas nos planos privatistas de Paulo Guedes e Bolsonaro. Ela foi fechada em março de 2020 para ser vendida, mas os petroleiros fizeram uma greve histórica e ela nunca foi privatizada.

Antes de ser fechada, a Fafen produzia 30% da ureia e amônia do mercado brasileiro, além de 65% do ARLA-32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), um aditivo para veículos de grande porte que entre outras coisas busca reduzir emissões de gases de efeito estufa. Com o desmonte, o Brasil passou a importar 85% dos fertilizantes necessários.

A FUP postou na rede X um vídeo dos trabalhadores no evento de readmissão e escreveu: “Nosso grito de luta hoje tem uma força muito especial: é um dia histórico”.

 

“Ficamos dependentes da importação de fertilizantes que antes a Petrobrás produzia em Sergipe, Bahia e Paraná”, disse Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, sobre as consequências do fechamento da Fafen. Agora, ele comemora a conquista.

“Trata-se de um acordo histórico para o movimento sindical brasileiro, porque estamos falando de uma reparação para trabalhadores que foram demitidos após a greve de 2020 com a hibernação da fábrica do Paraná. Além de garantir a readmissão de empregados que sofreram quatro anos com esse processo, estamos assegurando a retomada de direitos da categoria petroleira e petroquímica”, complementou o coordenador-geral, em matéria publicada pelo site Fórum.

Da Redação

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