A aprovação de emendas ao projeto que autoriza o Governo do Paraná a privatizar a Ferroeste não encerrou as polêmicas sobre o assunto. O ex-presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, disse que sua avaliação é de que o projeto dá margem a desconfianças. Segundo o advogado, “até parece que os deputados sabem de interesses escusos, porque se é preciso colocar uma emenda exigindo que não se pare a operação da ferrovia, é de se pensar quais riscos existem para a Ferroeste”, observou.
Gomes defende que o governo federal retome a concessão da Ferroeste. Na opinião do ex-presidente da empresa, "o que não pode é achar que vai chegar alguém e fazer investimentos para essa ferrovia" - diz. O que vai garantir que investimentos tenham retorno é poder chegar ao porto, complementa, afirmando que o investimento só se torna "viável com terminal, linha, locomotiva, vagão e porto”.
Gomes também faz referência a uma nota técnica assinada pelo grupo “Amigos da Ferroeste”, com integrantes do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná, com críticas à aprovação do projeto antes de esclarecimentos sobre a renúncia da Ferroeste aos pedidos de autorização para construção e uso dos trechos Guarapuava-Paranaguá, Maracaju-Dourados (MS), Cascavel-Foz do Iguaçu e Cascavel-Chapecó. Esses trechos - comenta - faziam parte de um plano ambicioso de expansão da chamada “Nova Ferroeste”, planejada para atender regiões produtoras de grãos.
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