O setor brasileiro de produção de veículos automotores, reboques e carrocerias cresceu 12% em julho, na comparação com igual período de 2023, exercendo papel fundamental para os resultados apurados do desempenho geral da indústria.
Em julho, a produção industrial do país registrou alta de 6,1% frente ao mesmo mês do ano passado e, no acumulado dos sete primeiros meses de 2024, cresceu 3,2%.
“Os automóveis foram determinantes para esse resultado. As autopeças, em menor grau, mas também ajudaram o setor”, disse André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada na quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As políticas públicas do governo Lula para promover a neoindustrialização, a exemplo do Nova Indústria Brasil (NIB), tem a recuperação do setor automotivo como um dos principais reflexos. Desde o início do ano passado, o setor fez vários anúncios de investimentos no país, que totalizam R$ 130 bilhões.
São demonstrações de confiança como essa que contribuíram para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrar um crescimento robusto no segundo trimestre deste ano, de 1,4% frente ao primeiro trimestre, com uma alta acumulada de 3,3% em um ano, conforme o IBGE.
Já um levantamento da Webmotors mostra que as buscas por veículos eletrificados usados na plataforma, considerando híbridos e elétricos, cresceram 83% no primeiro semestre de 2024 sobre os mesmos seis meses do ano passado. Por sua vez, a procura pelos zero-quilômetro da categoria aumentou 77% em igual período.
Os dados também apontam incremento de 29% nas pesquisas por modelos a combustão usados no marketplace. Já entre os novos, a alta foi de 17% nos seis primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos cresceu 14,3% em agosto em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 237,4 mil unidades, segundo dados divulgados na terça-feira (3) pela associação de concessionárias, Fenabrave. Na comparação com julho, os emplacamentos caíram 1,6%, e no acumulado dos primeiros oito meses do ano, as vendas cresceram 13,4% em relação ao ano anterior, segundo a entidade.
Os licenciamentos de carros e comerciais leves aumentaram 13,4% em agosto na comparação anual, enquanto os de caminhões mostraram evolução de 26,4%, totalizando 11,3 mil veículos, em relação ao fraco desempenho do ano passado. Os emplacamentos de ônibus, que costumam avançar com força em períodos de eleições municipais, dispararam 54,3%, alcançando 2,9 mil unidades.
Segundo a Fenabrave, as vendas de carros eletrificados somaram 14,45 mil unidades em agosto, aumentando 55,6% em relação ao volume emplacado um ano antes, mas caindo 5,25% na comparação com julho. No acumulado do ano até o mês passado, o segmento, que inclui carros elétricos e híbridos, teve 108,35 mil licenciamentos, 122,6% acima do apurado no ano anterior.
A chinesa BYD foi a líder em emplacamentos de híbridos e elétricos em agosto, com 2.900 e 3.807 unidades, respectivamente. No acumulado, a marca chinesa também lidera o ranking da Fenabrave, com vendas de 15,7 mil híbridos e 29,5 mil elétricos. Em segundo lugar, aparece a Toyota, com 14 mil híbridos, e a GWM, com 4,5 mil elétricos, seguidas pela GWM (13,9 mil híbridos) e Volvo (3 mil elétricos), segundo os dados da Fenabrave.
Da Redação
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