Vacinas salvam vidas, e o esforço do governo Lula pela erradicação de doenças acaba de ser novamente reconhecido. Na terça-feira (12), o presidente recebeu, no Palácio do Planalto, o certificado de eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita no Brasil. O documento foi entregue pelo diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Américas, Jarbas Barbosa, que estava acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Esse novo reconhecimento reforça a virada de página do negacionismo tenebroso do governo Jair Bolsonaro. De 2018 a 2022, o sarampo matou 40 crianças, em meio ao desmonte do Programa Nacional de Imunização (PNI), que ficou mais de sete meses sem coordenação entre 2021 e 2022.
Com Lula, o Brasil recuperou a certificação de país livre do sarampo em menos de dois anos, graças à retomada das campanhas vacinais. Com esse avanço do país, as Américas retomam o status de região livre de sarampo endêmico.
As capacidades técnica e de liderança do presidente Lula e da ministra Nísia foram apontadas pelo diretor como fundamentais para o resultado. “É inspirador ver a retomada do programa de imunizações, com o presidente da República usando o broche do Zé Gotinha, vacinando-se publicamente e incentivando a população, o que faz uma enorme diferença e serve de exemplo para que outros líderes da região também assumam esse compromisso”, afirmou Jarbas Barbosa, durante a solenidade.
“Esse diploma é resultado da força da retomada e da competência do sistema de vacinação brasileiro”, declarou, por sua vez, o presidente Lula. Já a ministra Nísia exaltou a recertificação como um êxito da ação coordenada pelo governo federal, fruto do esforço conjunto de muitas frentes e do Sistema Único de Saúde (SUS).
O presidente também destacou o marco em postagem na rede social X: “Brasil livre do sarampo e da rubéola. Esse foi o recado dado pelo diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e diretor regional da OMS para as Américas, Jarbas Barbosa, e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. Parte do grande esforço que fizemos, ao retornarmos ao governo em 2023, de retomar a ampla campanha de vacinação. Vacinas salvam vidas”.
A ministra Nísia também compartilhou a boa notícia na mesma plataforma. ” Vamos juntos, presidente Lula! Esta é uma vitória do Brasil, do povo brasileiro e de cada vacinador e pessoa vacinada. É o trabalho sendo recompensado. A vacinação voltou!”, publicou a titular da Saúde.
O Brasil já havia alcançado, em 2016, o status de país livre do sarampo, mas o perdeu em 2018. A volta do vírus, decorrente das baixas coberturas vacinais, fizeram parte de uma gestão grotesca do Estado brasileiro sob Bolsonaro, que regrediu o país a patamares de vacinação similares aos de 1980.
“Mesmo diante desse cenário, o PNI enfrenta pela primeira vez um presidente da República e integrantes do governo que adotam um discurso antivacina”, escreveu o portal UOL, em matéria de 2021. Menos de três anos depois, a concentração de esforços liderada por Lula e pela ministra Nísia recolocam o Brasil no lugar de onde jamais deveria ter saído.
“Esse é um momento importante para reforçar o papel do nosso Programa Nacional de Imunizações e de toda a competência técnica espalhada pelo Brasil. Nossa câmara técnica tem trabalhado com comprometimento e dedicação para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Que este dia represente uma conquista e um desafio permanente, do qual não abriremos mão. A saúde exige cuidado, paciência e compromisso com a nossa população”, afirmou Nísia, na solenidade de recertificação.
Para alcançar essa meta, Lula determinou investimentos em vacinação, assim que assumiu em 2023, principalmente nas fronteiras e locais de difícil acesso. O Ministério da Saúde (MS) agiu em várias frentes, com medidas coordenadas pelo Plano de Ação para reverificação do sarampo e sustentabilidade da eliminação da rubéola.
Busca ativa de casos suspeitos, Dia S de combate ao sarampo, oficinas de resposta rápida a casos de sarampo e rubéola e cursos online de manejo clínico de sarampo, por meio da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Unasus), compuseram a frente de batalha para que o Brasil alcançasse a recertificação.
Só no ano passado, o governo federal investiu mais de R$ 724 milhões em ações para a eliminação das doenças com aportes em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, além de oficinas para todos os estados brasileiros sobre microplanejamento e multivacinação.
As atividades, realizadas nos 5.570 municípios, seguiram modelo de microplanejamento recomendado pela OMS, com base no fortalecimento do acesso da população à vacinação durante todo o ano.
Dos 16 imunizantes do calendário nacional em 2023, 13 tiveram aumento na cobertura vacinal, incluindo a vacina tríplice viral contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. A cobertura da primeira dose passou de 80,7%, em 2022, para 88,4%, em 2023. Em 2024, até o momento, já chegou a 92,3%.
Da Redação, com Agência Brasil
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