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“Cidades não podem ser negligenciadas nos mecanismos de financiamento climático”, diz Lula

Prefeitos cobraram o apoio das instituições de financiamento para o enfrentamento da crise do clima

19/11/2024 às 07h29 Atualizada em 19/11/2024 às 07h33
Por: Redação Fonte: PT na Câmara
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Os presidentes do Brasil, Lula, e do Chile, Gabriel Boric, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, na abertura do Urban 20. Foto: Ricardo Stuckert
Os presidentes do Brasil, Lula, e do Chile, Gabriel Boric, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, na abertura do Urban 20. Foto: Ricardo Stuckert

Presidente participou, neste domingo (17), da abertura do Urban 20, no Rio de Janeiro, com mais de 100 prefeitos dos países do G20, que cobraram o apoio das instituições de financiamento para o enfrentamento da crise do clima

O presidente Lula participou, neste domingo (17), da abertura do Urban 20, que reúne, no Rio de Janeiro, mais de 100 prefeitos dos países integrantes do G20 para debater desafios urbanos e propor soluções para que as cidades sejam mais justas e sustentáveis. Os líderes de cidades pediram US$ 800 bilhões em investimentos públicos anuais de governos e instituições de financiamento para implementação e expansão de ações climáticas para cidades até 2030, com destaque para o atendimento à população em eventos extremos.

discurso de Lula foi marcado por uma homenagem à vereadora Marielle Franco, “barbaramente assassinada por sua luta pelo direito à cidade e pelos direitos humanos”.

“A luta de Marielle por uma cidade mais inclusiva, uma educação pública transformadora e pelo acesso a todos a um serviço público de qualidade é imperativa para criar cidades sustentáveis e que atendam às necessidades de todos”, disse Lula, ao lado da primeira-dama Janja, do presidente do Chile, Gabriel Boric, do chanceler Mauro Vieira e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Ele lembrou que o local do evento, o Armazém da Utopia, fica a apenas dez quilômetros da Favela da Maré, berço de Marielle.

Pobreza e insegurança

Lula criticou o fato de a imensa riqueza gerada nas megalópoles não chegar “ao bolso dos trabalhadores que as habitam. O conhecimento criado muitas vezes não alcança suas crianças”. Ele lembrou que um quarto dos habitantes do planeta vive em assentamentos precários.

“No Brasil, as mulheres negras são maioria nesses territórios. Seus filhos são as maiores vítimas da desigualdade e da violência urbana, que todos os anos cobra um número de vidas semelhante aos das guerras mais violentas. Por essa razão, tenho defendido um novo pacto federativo, com o envolvimento de todos os Poderes, para colocar a segurança pública como prioridade nacional e manter nossa juventude viva”, disse o presidente.

Lula também citou que seu governo está implementando “uma nova etapa do nosso maior programa habitacional, o Minha Casa, Minha Vida, que articula modalidades inovadoras de incentivos a um mercado habitacional mais sustentável”.

“Os três eixos prioritários escolhidos pela presidência brasileira do G20 dialogam diretamente com os desafios que milhares de prefeitos de todo o planeta enfrentam no cotidiano de suas cidades. O combate às desigualdades, à fome e à pobreza é essencial para a implementação do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 11 sobre cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, afirmou. “Em sociedades cada vez mais desiguais, o lugar onde uma pessoa mora é determinante no seu acesso à educação, à saúde, ao trabalho e à segurança pública.

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