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Prefeitura de Foz do Iguaçu intensifica combate à esporotricose em humanos e gatos

Centro de Controle de Zoonoses reforça prevenção, tratamento e manejo responsável dos animais; Doença fúngica registra aumento expressivo nos últimos anos

14/01/2025 às 15h10
Por: Redação Fonte: Foz do Iguaçu
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Foz do Iguaçu, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), intensificou as ações de combate à esporotricose, uma doença fúngica que afeta humanos e animais, especialmente gatos. A enfermidade tem apresentado crescimento significativo na cidade desde 2020, atingindo 448 casos em felinos e 85 em humanos apenas em 2024 (dados até novembro).

 

A esporotricose é causada pelo fungo Sporothrix brasiliensis e pode ser transmitida entre gatos por arranhaduras e mordidas, durante brigas e brincadeiras, além de contato com secreções. Em humanos, o contágio ocorre pelo contato direto com animais infectados ou superfícies contaminadas, como potes de comida e tecidos usados por gatos doentes.

 

Segundo Carlos Santi, médico veterinário do CCZ, o aumento dos casos está relacionado ao abandono de animais e à falta de manejo adequado dos gatos. “Os gatos são os principais transmissores da doença devido aos seus hábitos naturais. Por isso, é essencial mantê-los em casa e sob supervisão, evitando o contato com outros animais”, ressalta Santi.

 

Crescimento dos casos

Os números reforçam a gravidade da situação. Em 2019, o município registrou apenas 11 casos em gatos e 4 em humanos. Desde então, a progressão tem sido alarmante, com 351 casos felinos e 177 humanos em 2023. Essa tendência coloca Foz do Iguaçu em alerta e evidencia a importância das ações preventivas.

 

Diante desse cenário, a Prefeitura tem adotado medidas integradas, com base no conceito de “Saúde Única”, que considera as inter relações entre a saúde humana, animal e ambiental. “O combate à esporotricose exige um esforço coletivo, com a participação de diferentes setores e da comunidade, para reduzir os impactos dessa zoonose”, explica Santi.

 

Sintomas e diagnóstico

Em humanos, a esporotricose se manifesta principalmente por meio de úlceras na pele, no local de arranhaduras ou mordidas, além de nódulos que podem se espalhar pelo corpo, caso o diagnóstico seja realizado tardiamente. A doença também pode se manifestar por meio de conjuntivite, quando a pessoa teve contato com o fungo e levou a mão aos olhos. Já em gatos, a doença apresenta formas mais graves, com lesões ulceradas em várias partes do corpo e, em casos avançados, comprometimento nasal com secreção.

 

O diagnóstico em humanos é realizado nas unidades básicas de saúde (UBS), especialmente quando há vínculo epidemiológico com gatos doentes. Em animais, o procedimento inclui a coleta de material das lesões para análise laboratorial. Porém, mesmo com resultados negativos, gatos residentes em áreas endêmicas podem ser tratados conforme avaliação veterinária.

 

Tratamento e cuidados

Tanto em humanos quanto em animais, o tratamento envolve o uso de antifúngicos por um período prolongado, geralmente de meses. Santi destaca que, quando realizado de forma contínua e correta, o tratamento em gatos reduz a carga fúngica, diminuindo os riscos de transmissão e aumentando as chances de cura total.

 Para facilitar o acesso ao tratamento, a Prefeitura oferece suporte veterinário e orienta sobre os cuidados necessários com os animais infectados.

O CCZ destaca que a prevenção é a melhor forma de combater a esporotricose. Entre as principais medidas preventivas estão:

  • Manejo responsável dos gatos: Manter os animais dentro de casa, evitar o acesso às ruas e impedir o contato com outros animais.

  • Castração: Auxilia no controle populacional e reduz os casos de abandono, que são um dos principais fatores de disseminação da doença.

 

“O manejo responsável não protege apenas os animais, mas toda a família, já que a esporotricose é uma zoonose. A Prefeitura está à disposição para orientar os tutores e fornecer serviços que auxiliem no controle da doença”, afirma Santi.

 

Além das campanhas de conscientização, o município disponibiliza os telefones (45) 2105-8730 e (45) 99962-9013 (WhatsApp) para informações, denúncias e solicitações de serviços relacionados à esporotricose.

 

Com esforço conjunto entre poder público e população, a Prefeitura de Foz do Iguaçu espera conter o avanço da esporotricose, protegendo a saúde de humanos e animais na cidade.

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