Representantes de 52 instituições paranaenses se reuniram nesta terça-feira (4), em Curitiba (PR), para levantar ideias e propor soluções para desafios ambientais e questões relacionadas à qualidade do trabalho na capital paranaense e demais municípios da região metropolitana. O debate ocorreu durante o primeiro encontro dos Núcleos de Cooperação Socioambiental em 2025, promovido pela Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec.
Fotos: Adilson Borges/Itaipu Parquetec.
Em grupos, os participantes realizaram um diagnóstico local das principais causas dessas questões, bem como formas de solucioná-las e engajar a sociedade, a partir da Teoria da Mudança, uma ferramenta metodológica para descrever o caminho necessário para atingir os resultados.
Para ambos os temas, os grupos alinharam estratégias que incluem a necessidade de reunir dados e realizar monitoramentos sobre índices de qualidade ambiental, como qualidade da água, resíduos sólidos e saneamento rural. No que se refere à qualificação do trabalho, o diagnóstico apontou a evasão escolar, a mobilidade urbana e a falta de formação profissional como aspectos a serem melhorados.
Temas transversais
O primeiro encontro de 2025 sintetizou pontos que haviam sido levantados no primeiro encontro do Núcleo de Cooperação Socioambiental de Curitiba e Região Metropolitana, realizado em setembro de 2024. A continuidade dos temas torna-se essencial para a busca de soluções transversais, envolvendo diversas instituições que participam dos encontros.
Lucas Siqueira, representante do Grupo Dignidade.
“Quando reunimos todas essas instituições para conversar, percebemos como as nossas demandas são transversais, pois lidamos com injustiças sociais, mesmo em terrenos diferentes. Precisamos, juntos, pensar não apenas no resultado, mas dedicar tempo para planejar, pensar nos multiplicadores e aumentar o impacto social das nossas ações”, disse Lucas Siqueira, representante do Grupo Dignidade.
Para Loa Campos, coordenadora do escritório estadual do Ministério da Cultura, os núcleos permitem que as instituições reconheçam o que já é produzido e como podem alinhar esforços. “É muito precioso estarmos reunidos como órgãos federais, associações e bases comunitárias para potencializar o que já existe enquanto esforço comunitário. A partir desse reconhecimento, temos que trabalhar com o mapeamento e ações para darmos continuidade”, destacou a participante.
Loa Campos, coordenadora do escritório estadual do Ministério da Cultura.
Agenda para o trimestre
Nesta quarta-feira (5), o encontro acontece em Ponta Grossa (PR), com o Núcleo dos Campos Gerais. Os encontros de fevereiro seguem para Santo Antônio da Platina (6), Paranaguá (11), Irati (11), Pinhais (12), Turvo (12), União da Vitória (13), Laranjeiras do Sul (13), Realeza (18), Maringá (25), Cornélio Procópio (25), Paranavaí (26), Rolândia (26), Cianorte (27) e Faxinal (27).
Em março, será a vez de Umuarama (6), Campo Mourão (07), Santa Helena (11), Nova Andradina/MS (11) e Amambai/MS (12).
Sobre os Núcleos
Os 21 Núcleos de Cooperação Socioambiental foram constituídos em 2024, a partir do programa Itaipu Mais que Energia, e abrangem os 399 municípios do Paraná e 35 do Sul do Mato Grosso do Sul, área de atuação prioritária da usina. Os núcleos são formados por representantes do poder público, instituições, universidades, movimentos sociais, associações dos municípios, organizações cooperativas, ONGs de proteção ambiental, empresas, entre outros.
Eles constituem um espaço de escuta ativa, formativos e educacionais, baseados na metodologia da governança participativa. A ideia é que as instituições parceiras se mobilizem coletivamente para melhorar a qualidade de vida e promover um futuro sustentável para as comunidades.