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Comitê faz saldo de ano epidemiológico e debate estratégias de combate à dengue

Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo

Por: Redação Fonte: Assessoria/Toledo
09/08/2023 às 09h47
Comitê faz saldo de ano epidemiológico e debate estratégias de combate à dengue
(Foto: Divulgação)

O Centro Municipal de Controle de Endemias recebeu, na tarde desta terça-feira (8), a quarta reunião ordinária de 2023 do Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus de Toledo. Durante o encontro, que contou com a presença dos vereadores Dudu Barbosa (presidente do Legislativo) e Marly Zanete, os integrantes do grupo de trabalho debateram, entre outros assuntos, os erros e acertos nas ações de prevenção às doenças causadas pelo Aedes aegypti no ano epidemiológico 2022/2023, encerrado no último dia 31, além de já terem iniciado o planejamento de estratégias para os próximos meses.

Para início de conversa, foram apresentados os números finais do ano epidemiológico 2022/2023 da dengue. Entre 1º de agosto do ano passado até esta segunda (31/7), o município registrou 1.106 casos da doença (1 paciente ainda aguarda resultado), 74,85% a menos do que na temporada 2021/2022 (4.397).

Houve também redução de 50% no número de óbitos (de 2 para 1) e de 54,67% (de 5.231 para 2.371) no de notificações, isto é, a quantidade de pessoas com sintomas da doença (manchas avermelhadas na pele, dor abdominal, febre, dor no corpo, cansaço, entre outros) que procuraram os serviços de saúde. O município também registrou cinco casos de febre chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti

A secretária de Saúde e presidente do comitê, Gabriela Kucharski, entende que os números apresentados são positivos. “Graças ao trabalho realizado pelos vários setores da pasta que lidero, mas também ao empenho de outros órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada, não tivemos um número tão alto de dengue no ano epidemiológico recém-concluído. Ainda mais se levarmos em conta a situação de alguns municípios de nossa região, que chegaram a decretar situação de epidemia”, pontua. “Não foi um trabalho fácil, pois só entre agosto de 2022 e julho deste ano, foram realizadas, com o apoio dos parceiros, 276 ações informativas e de combate direto ao Aedes aegypti. Somente quando há um conjunto de forças operando em torno do mesmo objetivo é possível atingir bons resultados”, avalia.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Juliana Beux Konno, tanto as ações quanto os resultados obtidos comprovam a eficácia do comitê. “Certamente todo este trabalho evitou o aparecimento de criadouros do mosquito que transmite a dengue, mas também contribuiu para a contenção de danos nos locais onde a situação era mais grave. É só comparar os resultados de 2021/2022 com os de 2022/2023 para notar como a integração propiciada por este grupo de trabalho fez e ainda fará muito a diferença”, destaca.

 

Estratégias e desafios

Apesar da redução nos indicadores da dengue em Toledo, o comitê tem o objetivo de mantê-los no ano epidemiológico recém-iniciado e, se possível, melhorá-los, apesar das perspectivas desfavoráveis. “Tradicionalmente, temos um ano em que a dengue vem forte e no ano seguinte um pouco mais fraca. Tivemos epidemia em 2021/2022 e quase chegamos lá em 2022/2023. Tudo indica que poderemos ter sérios problemas com a dengue no próximo verão e, por isso, desde já, precisamos trabalhar o dobro, focados na  prevenção”, alerta Gabriela.

Contudo, alguns fatores podem  dificultar o município a alcançar esta meta, entre eles o alto índice de imóveis fechados, isto é, onde não há nenhum morador no local no momento em que o agente de combate a endemias (ACE) realiza a vistoria residencial periódica. “O entendimento da população acerca desta categoria melhorou muito graças aos espaços oferecidos pelos órgãos de imprensa para falarmos sobre prevenção à dengue e também a campanhas, como ‘A Visita Certa’, desenvolvida pelo Setor de Comunicação da Prefeitura de Toledo. Mesmo assim, o número de imóveis fechados ainda é alto, mas contamos com o apoio de todos do comitê para sugerir ideias que mudem esta realidade”, comenta a secretária do comitê e coordenadora do setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian König.

Para lidar com este desafio diário, o departamento passa a contar com um reforço de peso: 30 ACEs já convocados e outros 25 que serão chamados nesta semana, todos eles aprovados em concurso público. “O Ministério da Saúde tem orientado os municípios a não mais fazerem PSS [processo seletivo simplificado], pois assim é possível haver continuidade nas ações, reduzindo a rotatividade. A atual gestão, sensível com a relevância do trabalho realizado pelos agentes, também tem este entendimento e estamos celebrando um feito histórico, que assegura os avanços que temos realizado nos últimos meses”, analisa Gabriela.

 

Próximas ações

Ao fim da reunião foram apresentadas as ações programadas para os próximos meses, como apresentações teatrais de fantoches em estabelecimentos de ensino da rede municipal e estadual, a continuidade dos debates da revisão da legislação inerente ao trabalho dos ACEs e o lançamento do Agente Mirim. Também ficou estabelecido para o início de outubro o próximo Ecoponto Itinerante, que será realizado no Jardim Europa.

Ainda sobre o Agente Mirim, o autor da proposta no Legislativo, Dudu Barbosa, fez uma breve fala. “Eu subscrevi a proposta, mas ela é de toda a Câmara a partir do momento que ela analisa e aprova e se torna de todo o município a partir do momento que o prefeito a sanciona. Quando me tornei vereador decidi não me dedicar a criar um grande número de leis, apenas elaborar inovações que fizessem sentido e aperfeiçoar aquilo que já existisse. Por entender que a mudança de verdade começa mudando as consciências das gerações mais novas, senti a necessidade de propor o Agente Mirim para apreciação dos meus pares”, recorda. 

Gabriela observa que o programa vai permitir que, a princípio, os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental (e todas as turmas a partir do ano letivo de 2024) conheçam a rotina dos agentes de combate a endemias e atuem de forma mais efetiva na prevenção à dengue. “Eles não farão o trabalho deste profissional, mas formarão suas consciências para o momento em que forem adultos. Portanto, os frutos da semente que estamos plantando só poderão ser vistos daqui alguns anos, não será de imediato”, pondera.

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