A mobilização para a criação do Contorno Norte de Cascavel avançou com uma reunião entre representantes da sociedade civil organizada e do poder público, nesta sexta-feira (7). O encontro, promovido pela Coordenadoria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (Codesc), reuniu representantes de 65 entidades, como a Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), a OAB, vereadores e lideranças municipais. O objetivo é alinhar esforços para viabilizar o projeto e garantir que toda a cidade busque recursos para a obra.
Segundo o presidente da Codesc, Ricardo Lora, a escolha do Contorno Norte se deve à menor complexidade de execução em comparação com outras opções e à sua conexão estratégica com outras rodovias importantes, como a BR-369, BR-467 e PR-180. Além disso, um estudo de mobilidade feito pela Prefeitura em 2020 aponta que grande parte do tráfego logístico de Cascavel passa por dentro da cidade, tornando essencial a criação de uma via alternativa para desafogar o fluxo na BR-277.
A participação popular é considerada essencial para o sucesso do projeto. O prefeito de Cascavel, Renato Silva, presidente de honra da instituição, destacou a importância de pensar no futuro da cidade e da região. “Precisamos olhar para Cascavel daqui 50, 100, 200 anos. E nada melhor do que envolver a sociedade nesse debate, garantindo crescimento organizado e planejado”, disse Seu Renato.
“O Contorno Norte foi escolhido porque, além de sua importância logística, é o projeto que pode sair do papel com mais agilidade. Queremos evitar qualquer desencontro de informação. Se um deputado ou um representante do governo estadual perguntar qual é a prioridade de Cascavel, a resposta precisa ser unificada: o Contorno Norte”, afirmou Ricardo Lora.
O presidente do IPC de Cascavel, Tales Riedi, também reforçou a importância do envolvimento da sociedade na viabilização do Contorno Norte. “O município tem em seu plano de mobilidade a previsão da necessidade de um arco viário de Cascavel. Essa mobilização da sociedade civil é de extrema importância, da mesma forma que ocorreu no Trevo Cataratas, para que a cidade una forças e a gente possa viabilizar essa obra, que envolve diversos atores. É uma obra grandiosa. O Município está participando para que a gente possa alinhar o mesmo discurso e possamos demandar as mesmas questões”, explicou.
O empresário e ex-presidente da Codesc, Alci Rotta, destacou que a mobilização para o Contorno Norte é crucial para garantir o desenvolvimento econômico e sustentável da cidade. “Precisamos que a sociedade se una para que esse projeto avance. O Trevo Cataratas foi um grande exemplo de como a mobilização coletiva pode fazer a diferença e agora temos um novo desafio à frente. O Contorno Norte não é apenas uma obra viária, mas um investimento estratégico que vai impactar diretamente a competitividade da nossa cidade”, afirmou.
O presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, por sua vez, reforçou a necessidade de um planejamento bem estruturado para que a obra saia do papel. “Sabemos que uma obra desse porte exige muitos estudos e planejamento. O primeiro passo está sendo dado com essa união de esforços. Precisamos seguir nessa linha, garantindo que todas as etapas sejam cumpridas com responsabilidade e estratégia para que, no futuro, tenhamos um Contorno Norte que realmente atenda às necessidades da cidade”, comentou.
Atualmente, o projeto do Contorno Norte ainda não está pronto, mas já existe uma simulação do melhor traçado e das áreas que precisarão ser desapropriadas. O próximo passo é a contratação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), que deve levar cerca de um ano para ser concluído. Só depois dessa etapa será possível buscar recursos para a execução da obra.