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Marechal Cândido Rondon, PR
A Prefeitura de Foz do Iguaçu realizou nesta quinta-feira (10) mais uma etapa da entrega de ração para protetoras de animais da cidade. No total, serão distribuídas 17 toneladas de ração para cães e 8 toneladas para gatos. A ação, coordenada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, foi acompanhada pela secretária interina da pasta, Juçara Andrade, e tem como objetivo assegurar a alimentação de cães e gatos em situação de vulnerabilidade, sob os cuidados de ONGs e cuidadoras independentes.
Ao contrário do que era feito anteriormente — quando as protetoras precisavam ir até locais como a Diba ou o Horto Municipal para buscar os sacos de ração — a nova estratégia adotada pela Prefeitura consiste em levar o alimento até o endereço onde os animais estão. A medida visa garantir maior controle e justiça na distribuição, além de evitar desvios ou desperdícios.
“Agora nós vamos até o local, verificamos os animais e entregamos a ração proporcional ao número que está realmente sob os cuidados daquela protetora”, disse Juçara. De acordo com ela, a quantidade entregue é calculada com base em uma estimativa de consumo diário, definida com a orientação de médicos veterinários, considerando o porte e a espécie dos animais.
Um caminhão emprestado pela Secretaria de Obras é usado para o transporte da carga. Ele sai pela manhã carregado com toneladas de ração e percorre os endereços registrados. No local, os técnicos conferem o número de cães e gatos, e fazem a entrega de alimento suficiente para 30 dias.
“Estamos trabalhando com uma média de consumo. Para gatos, por exemplo, usamos uma base de 50 gramas por dia. Para os cães, varia conforme o porte. Essa estimativa nos permite calcular a quantidade certa e evitar tanto a falta quanto o excesso”, explicou a secretária.
Segundo a Prefeitura, os primeiros dias de entrega já revelaram falhas no sistema anterior. Em algumas visitas, a equipe encontrou endereços onde as protetoras não moram mais, ou onde havia um número muito menor de animais do que o declarado. “Ontem mesmo acompanhamos um caso em que a pessoa retirava ração para 40 animais. Mas, no endereço, encontramos apenas um cachorro doméstico. Isso mostra o quanto era necessário revisar esses cadastros”, afirmou Juçara.
Com o novo modelo, a expectativa da gestão é que sobre ração para o mês seguinte, já que boa parte do alimento distribuído anteriormente pode ter sido desviada ou entregue em excesso. O objetivo final é organizar um cadastro confiável, que permita retomar as entregas em pontos fixos apenas quando houver segurança sobre os dados fornecidos pelas protetoras.
Além da entrega, a Secretaria do Meio Ambiente também iniciou o processo de chipagem dos animais atendidos pelas protetoras. A iniciativa permitirá identificar com precisão quantos cães e gatos cada cuidadora realmente abriga. “Essa identificação por chip vai nos dar uma base real para controle e planejamento das ações futuras. É um trabalho que exige cuidado, mas que vai resultar em mais eficiência e transparência”, completou Juçara.
A Diretora de Bem-Estar Animal, Adriana Cardoso, também destacou o compromisso da equipe com a regularização do programa. “Estamos empenhados em fazer um trabalho técnico e criterioso, que respeite o esforço das verdadeiras protetoras e evite desperdício de recursos públicos. Nosso objetivo é garantir que a ajuda chegue a quem realmente precisa”, afirmou.
A ONG com o maior número de animais cadastrados — 550 no total — recebeu 4,5 toneladas de ração nesta quinta-feira. Outras cuidadoras também foram atendidas, como uma que abriga 120 gatos. A Secretaria afirma que todas as protetoras cadastradas serão visitadas nos próximos dias e que o processo de levantamento e regularização seguirá até que o sistema esteja consolidado.
