O governador Carlos Massa Ratinho Junior encaminhou nesta segunda-feira (28) para a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) um
que altera o Quadro Próprio da Polícia Penal (QPPP). A medida visa modernizar a carreira dos policiais penais e estabelece a necessidade de ensino superior para ingresso de futuros servidores da instituição.A principal mudança está na diminuição do intervalo de tempo para promoção dos policiais penais, passando de três para dois anos. Isso faz com que o trabalho dos servidores seja valorizado, reconhecendo a atuação dos servidores na manutenção da ordem e da segurança no âmbito de estabelecimentos penais e de outros setores pertinentes à execução penal.
Também promove regras mais claras para a ascensão na carreira. A promoção ocorrerá tanto por aquisição de estabilidade, após o período de estágio probatório (exclusivo para o acesso à classe XI), quanto por merecimento. Isso estimula a constante atualização, por parte do servidor, como um dos critérios para promoção na carreira, seja com cursos de atualização, qualificação e/ou aperfeiçoamento profissional, e conclusão de curso de pós-graduação lato sensu, compatíveis com o exercício do cargo.
Outra alteração proposta no projeto de lei complementar é a não limitação por número de vagas para a ascensão, permitindo que os policiais penais cheguem até o nível mais alto da carreira. Atualmente, as 9.750 vagas são distribuídas dentre 12 classes, sendo que cada uma delas possui um quantitativo próprio, limitando o número de promoções. Com a proposta, elas deixam de estar vinculadas a uma categoria específica.
A nova lei também altera o nível de escolaridade para ingresso, passando do ensino médio para o ensino superior completo, em qualquer área. Além disso, eles também precisarão ser aprovados em exame de aptidão física, de caráter eliminatório, para ingressarem na carreira. Para a promoção entre algumas classes, também será preciso cursos de especialização. É o caso da passagem das classes IX para VIII e V para IV.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Teixeira, lembrou que esse é mais um passo dentro da reestruturação das forças de segurança pública. “Essa reestruturação permite que todo policial penal chegue ao último nível da carreira e a necessidade, como condição de ingresso, de nível superior, assim como já existe em outras carreiras”, destacou. “Além da redução de três para dois anos das promoções do policial penal, o que vai dar um avanço imediato na carreira de diversos servidores.”
RECONHECIMENTO - Para a diretora-geral da Polícia Penal, Ananda Chalegre dos Santos, trata-se de uma conquista construída através do diálogo, responsabilidade e pensando no futuro da instituição. “A Polícia Penal do Paraná vive um momento histórico. O envio do projeto de lei demonstra, mais uma vez, o reconhecimento e a valorização do nosso trabalho. Essa proposta de alteração do quadro é fundamental porque moderniza a nossa estrutura de cargos, atualiza as necessidades da carreira e abre novas possibilidades de crescimento profissional para os policiais penais”, disse.
No início de abril, Ratinho Junior autorizou a promoção e progressão para 51 mil servidores estaduais, entre eles, 669 policiais penais.