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Calendário baseado nos ciclos da Lua beneficia agricultores familiares do Paraná

Lançado pelo Projeto Semeando Gestão, iniciativa da Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec, CCA-PR e governo federal, ferramenta orienta sobre o cultivo agroecológico

Por: Redação Fonte: Assessoria/Itaipu Binacional
29/04/2025 às 15h43
Calendário baseado nos ciclos da Lua beneficia agricultores familiares do Paraná
Fotos: Guilherme Feliciano/Itaipu Parquetec

O projeto Semeando Gestão lançou, no último dia 15, o Calendário Biodinâmico, material de parede com espaço para anotações manuais, que orienta os agricultores familiares sobre os melhores períodos para plantio, poda e colheita com base nos ciclos da Lua. A entrega foi realizada em Cascavel (PR), durante uma visita técnica aos agricultores familiares do assentamento Valmir Mota de Oliveira, público-alvo da iniciativa que integra o escopo do Programa Itaipu Mais que Energia, alinhado às políticas agroecológicas nacionais.

 

 

A distribuição do calendário será feita por territórios, conforme o número de famílias cadastradas, e a versão digital está disponível no site: https://campanha.itaipuparquetec.org.br/calendario-semeando-2025/.

 

 

A atividade faz parte de um convênio firmado entre a Itaipu Binacional, o Itaipu Parquetec, a Cooperativa Central de Reforma Agrária do Paraná (CCA-PR) e o governo federal. O projeto amplia o acesso à produção agroecológica, potencializa a inclusão socioeconômica e reforça práticas sustentáveis no campo. São atendidas diretamente mais de 2.500 famílias paranaenses, além de mais de 31 cooperativas assessoradas, impactando diretamente 7,4 mil pessoas.

 

 

O calendário é baseado nos princípios da agricultura biodinâmica, que busca criar um sistema agrícola autossustentável, em que solo, plantas, animais e pessoas interagem de forma harmoniosa, respeitando os ciclos da natureza e os ritmos astronômicos. “O lançamento do Calendário Biodinâmico não é apenas uma ferramenta de apoio ao agricultor, mas traz a valorização dos saberes tradicionais, combinados com práticas atualizadas de produção agroecológica”, disse o diretor de Coordenação, Carlos Carboni.

 

 

Para a agricultora familiar Eliane Balbinotti, o instrumento é uma ponte entre os saberes tradicionais e as práticas atuais. “Na lua minguante, por exemplo, plantamos raízes como mandioca e batata-doce. Também é o período ideal para podas, porque a planta sofre menos”, explicou.

 

 

O diretor de Tecnologias do Itaipu Parquetec, Alexandre Leite, afirmou que, passado um ano e meio desde seu início, o convênio é um sucesso. “Esse calendário é a materialização de tudo que tem sido feito. É importante exatamente por reunir essas três instituições: a CCA-PR, que conhece de perto as famílias, os produtores, as cooperativas; a Itaipu Binacional, com sua experiência de décadas em desenvolvimento territorial; e o Itaipu Parquetec, com toda a expertise em pesquisa aplicada, validação em campo e soluções tecnológicas”, afirmou.

 

 

A coordenadora da padaria Camponesa, local ligado à Cooperativa da Reforma Agrária e Agricultura Familiar (CopCraf), Joelma Gomes Queiroz, celebra o uso do calendário também na agroindústria. “A gente utiliza essas orientações, porque elas melhoram a qualidade dos produtos. Isso impacta diretamente no que produzimos, como doces e panificados”, afirmou. Segundo ela, a assistência técnica garantida pelo projeto – com apoio de um nutricionista e de uma engenheira de alimentos – tem sido essencial para manter os padrões de qualidade e boas práticas na produção.

 

 

O gestor do convênio Semeando Gestão pela Itaipu, Carlos Henrique da Silva Gonçalves, também relembra que a atuação da empresa na área rural começou com iniciativas voltadas à assistência técnica nos municípios lindeiros. Hoje, esse trabalho chega a agricultores familiares em todo o estado. “Nosso foco está em viabilizar economicamente essas propriedades, para que as famílias possam permanecer no campo com qualidade de vida, gerar renda e garantir a sucessão rural”, completou.

 

 

O agricultor familiar e representante da CCA-PR, Armelindo da Rosa Maia, relata a transformação que o convênio trouxe. “Voltamos a ter assistência técnica, e isso deu um salto de qualidade na organização e no planejamento da nossa produção. Queremos ir além dos programas institucionais e abrir novos horizontes de comercialização”, concluiu.

 

 

Por meio de ações integradas voltadas ao desenvolvimento técnico, organizacional e comercial das famílias assentadas, o projeto Semeando Gestão reforça a importância do fortalecimento das redes de cooperação e da valorização dos conhecimentos tradicionais no avanço da agricultura sustentável.

 

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