Terça, 06 de Maio de 2025
17°C 26°C
Marechal Cândido Rondon, PR
Publicidade

Saúde confirma dois casos autóctones de febre Oropouche no Paraná

Os pacientes são de Adrianópolis, uma mulher de 29 anos e um adolescente de 14 anos. Os sintomas são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya. Entre os principais sinais estão: febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares e articulares, tontura, náuseas, vômitos, dor retro-ocular, calafrios e sensibilidade à luz.

Por: Redação Fonte: AEN
06/05/2025 às 14h07
Saúde confirma dois casos autóctones de febre Oropouche no Paraná
Saúde confirma dois casos autóctones de febre Oropouche no Paraná Foto: Arquivo Lacen

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou nesta terça-feira (6) dois casos autóctones de febre Oropouche no município de Adrianópolis, pertencente à 2ª Regional de Saúde (Metropolitana). A confirmação foi realizada pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR), por meio do teste RT-PCR para arbovírus. Os pacientes, uma mulher de 29 anos e um adolescente de 14 anos, ambos sem comorbidades, estão bem e seguem em acompanhamento médico.

Casos autóctones são aqueles em que a infecção ocorre localmente, sem histórico de deslocamento para áreas com transmissão conhecida da doença.

O monitoramento e diagnóstico da arbovirose é feito pelo Lacen-PR – o primeiro laboratório do País a implantar a testagem das febres do Mayaro e do Oropouche na testagem de rotina.

Atualmente, as amostras são processadas diariamente, permitindo a testagem simultânea de até 96 pacientes para nove tipos de vírus: dengue (tipos 1 a 4), chikungunya, zika, febre amarela, Mayaro e Oropouche. Essa metodologia garante diagnósticos mais ágeis e precisos, além de contribuir para ações rápidas de controle e bloqueio quando necessário.

Desde 2023, as análises para os vírus Mayaro e Oropouche também são feitas de forma sistemática em amostras coletadas nas 65 Unidades Sentinelas de dengue, estrategicamente distribuídas em todo o Estado. Essa estratégia, articulada entre Estado e municípios, tem reforçado a capacidade de detecção e resposta frente a novos casos.

“O Paraná tem investido de forma constante na modernização da vigilância laboratorial e no fortalecimento da rede de atenção à saúde. A confirmação de casos autóctones nos mostra a importância da vigilância contínua, da testagem em tempo real e do trabalho integrado entre Estado e municípios. Seguimos atentos e preparados para agir com rapidez sempre que necessário”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

 

FEBRE OROPOUCHE – A febre Oropouche é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitido principalmente pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o vetor pode transmitir o vírus a outras pessoas.

Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya. Entre os principais sinais estão: febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares e articulares, tontura, náuseas, vômitos, dor retro-ocular, calafrios e sensibilidade à luz. Em casos mais raros, especialmente em pessoas imunocomprometidas, podem ocorrer complicações como meningite asséptica e meningoencefalite, além de manifestações hemorrágicas leves.

Alguns pacientes podem apresentar recidiva dos sintomas entre uma e duas semanas após a melhora inicial. A duração dos sintomas varia de dois a sete dias, com evolução geralmente benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.

Atualmente, não há tratamento específico nem vacina para a febre Oropouche. O cuidado é sintomático, com repouso e acompanhamento médico.

 

CUIDADOS – Como ainda não existe vacina ou tratamento específico para a febre Oropouche, a prevenção continua sendo a principal forma de proteção. A Sesa alerta que gestantes devem adotar cuidados adicionais, especialmente em áreas com registros da doença.

Entre as recomendações estão a limpeza regular de quintais e terrenos que acumulem folhas, cascas de frutas ou outros materiais orgânicos, a fim de evitar a proliferação dos vetores. Além disso, é importante utilizar telas de malha fina em portas e janelas, impedindo a entrada de mosquitos e prevenindo também outras arboviroses.

O uso de roupas compridas, que cubram braços e pernas, é uma medida simples, porém eficaz, especialmente em regiões com casos confirmados de febre Oropouche na residência ou nas proximidades. Outra estratégia importante é o uso de mosquiteiros de malha fina, como filó ou voil branco, principalmente durante o repouso, para garantir maior proteção contra os insetos.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Marechal Cândido Rondon, PR
25°
Tempo nublado
Mín. 17° Máx. 26°
25° Sensação
2.99 km/h Vento
57% Umidade
0% (0mm) Chance chuva
07h00 Nascer do sol
07h00 Pôr do sol
Quarta
27° 18°
Quinta
27° 19°
Sexta
29° 20°
Sábado
23° 16°
Domingo
24° 11°
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,71 +0,40%
Euro
R$ 6,50 +0,95%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 574,929,76 +0,38%
Ibovespa
133,533,10 pts 0.03%
Publicidade
Publicidade
Enquete
...
...
Publicidade
Lenium - Criar site de notícias