Uma mobilização pela saúde dos frequentadores do Centro de Convivência do Idoso (CCI) foi organizada na última sexta-feira (16) pela Prefeitura Municipal, por meio das secretarias de Saúde e Assistência Social, em parceria com o curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
No total, foram vacinados 64 idosos, sendo 64 doses contra a gripe - doença que é comum nos períodos de temperaturas mais baixas e que pode ter o agravamento evitado com o imunizante. Além disso, a iniciativa teve como objetivo verificar a necessidade de atualização de outras vacinas e identificar possíveis problemas de saúde das pessoas acima de 60 anos. Foram aplicadas também 24 doses contra o tétano e 34 contra hepatite, em um total de 125 doses aplicadas na ação.
Para isso, foram feitos exames de estratificação de risco, que verificam as possibilidades de desenvolverem problemas como doenças crônicas e outros problemas que podem levar ao adoecimento e até mesmo ao óbito. Com isso, é possível fazer o encaminhamento dos idosos para o tratamento adequado.
O coordenador da Linha de Cuidado à Saúde do Idoso de Foz do Iguaçu, Ricardo Zaslavsky, afirma que a campanha é importante tanto para incentivar a vacinação dos idosos, como também para o aprendizado dos futuros profissionais, se referindo à participação dos alunos da Unioeste.
Ele comenta que há um aumento da população do número de idosos, o que gera uma maior demanda por atendimentos. “Quando aumenta o número de idosos, aumenta também o número de pessoas com doenças e doenças crônicas, então, ter acadêmicos da área da saúde tendo esse contato com idosos em sua formação, sem dúvida contribuirá para torná-los futuros profissionais capazes de trabalhar com a saúde do idoso”.
Dona Alzira Pereira aproveitou a campanha e contou que perdeu o marido pela “teimosia” em não fazer suas vacinas pendentes: “Eu ia e ele ficava. Ele teve um problema muito sério respiratório por causa disso. Porque se negava a fazer a vacina”.
Ela relatou ainda que, no CCI, e com trabalhos voluntários, encontrou a “cura” para a depressão, e reforçou a importância do trabalho realizado no local para os idosos. “Todo mundo me acolheu, assim, com carinho, sabe? Muito carinho. Porque eu vinha aqui, eu começava ali, fazia ginásio, e começava a chorar. E meu filho vinha comigo, ficava sentado aqui na porta”, disse.