Um caso estarrecedor de violência infantil chocou Goiânia (GO) nesta segunda-feira (19/05), culminando na prisão da mãe e do pai de uma menina de apenas 4 anos, acusados de tortura brutal. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) deflagrou a operação após receber denúncias de agressões violentas perpetradas pela mãe contra a própria filha. A investigação expôs um cenário de horror, com as ações de tortura sendo sistematicamente filmadas e compartilhadas.
As cenas, descritas como fortes e chocantes, foram acessadas pelos investigadores, que preservaram a identidade e integridade da criança ao analisar o conteúdo. Os vídeos revelaram a crueldade a que a menina era submetida, gerando profunda indignação e clamor por justiça.
Pai Conivente e Omissão Criminosa:
As investigações da PCGO trouxeram à tona a conivência do pai da criança, que tinha pleno conhecimento da violência infligida à filha. Ele foi detido por sua omissão em adotar qualquer medida para proteger a vítima.
A menina é fruto de um relacionamento extraconjugal do pai. A mãe enviava os vídeos diretamente para ele, em uma tentativa perversa de chantagem emocional. Apesar da gravidade das imagens, que retratavam atos de tortura explícitos, o pai optou por não comunicar as autoridades competentes e não tomou nenhuma providência para garantir a segurança e o bem-estar da própria filha.
Detalhes Macabros das Agressões:
Os vídeos analisados pela polícia revelam a natureza sádica da tortura. Em uma das gravações, a criança é brutalmente esganada até perder a consciência. Em outra cena aterradora, a menina chora desesperadamente e é enforcada pela mãe, que profere ameaças de morte: "Desgraçada, eu vou te matar", diz a agressora, enquanto desfere tapas violentos na cabeça da vítima.
Outras gravações mostram a criança sendo ameaçada com uma faca, além de inúmeras cenas de agressão física, incluindo puxões de cabelo, tapas e o uso de objetos domésticos, como panelas, para infligir dor e sofrimento.
Maus-Tratos Prolongados:
A análise cronológica dos vídeos revelou que a tortura era uma prática recorrente. O registro mais antigo data de outubro de 2023, quando a criança tinha apenas 3 anos de idade, indicando que os maus-tratos se estendiam por pelo menos um ano e meio. O vídeo mais recente foi gravado há poucas semanas, evidenciando a continuidade da violência.
Proteção à Vítima:
Após a prisão dos pais, a vítima foi imediatamente afastada do convívio materno e está agora sob os cuidados de um familiar responsável, que assumiu o compromisso de garantir sua segurança, proteção e bem-estar. A criança receberá todo o apoio psicossocial necessário para tentar mitigar o trauma profundo causado pela violência sofrida.
A Polícia Civil de Goiás prossegue com as investigações para apurar todos os detalhes deste crime hediondo e garantir que os responsáveis sejam exemplarmente punidos pela barbárie cometida contra uma criança indefesa. Este caso clama por justiça e reforça a urgência da proteção integral à infância e da responsabilização severa de agressores.
Veja o vídeo: