Sair dos problemas diários, como alagamentos, risco de queda de árvores e falta de saneamento adequado, e ter uma vida digna. Nesta quinta-feira (29), foi realizada a segunda visita técnica ao novo conjunto habitacional que está sendo construído no Jardim das Palmeiras, atrás da UPA João Samek. A atividade integra o cronograma de ações do Comitê de Acompanhamento de Obra e foi organizada pela Prefeitura Municipal, por meio do Instituto de Habitação de Foz do Iguaçu (Fozhabita), em parceria com Itaipu Parquetec, no cumprimento do convênio firmado com a Itaipu Binacional.
As unidades fazem parte do “Projeto Moradias: Construção de Habitações de Interesse Social em Foz do Iguaçu em Atendimento a Famílias em Situação de Vulnerabilidade Social”. Foram outros 15 moradores que, acompanhados por engenheiros, arquitetos e técnicos do Itaipu Parquetec, puderam conhecer a obra, esclarecer dúvidas e caminhar pela área onde, em breve, estarão suas novas moradias. Esta é a segunda visita do lote 1. A estrutura em construção contou com frentes de trabalho avançadas, como pavimentação asfáltica e infraestrutura.
Serão realocadas, inicialmente, 52 famílias da Vila Brás. "Levamos cerca de 15 pessoas, representantes dessas famílias, para conhecer o local e ver de perto o processo de construção das suas casas, que estão quase prontas, neste lote”, explicou Escarlet Luiza de Lemos, assistente social da Prefeitura. Segundo ela, outra visita está prevista para o mês de junho.
Emoção no sonho realizado
Além da parte técnica da obra, a visita teve grande impacto emocional entre os participantes. A trabalhadora de serviços gerais, Débora da Cruz, espera pela casa há mais de 7 anos. “É um sonho, estou contando os dias, onde moro, toda vez que chove forte e venta, ficamos com medo. Já perdi tudo por causa de alagamento, e ficamos com medo de árvores caírem na nossa casinha”, comentou emocionada.
Ainda mais emocionada, e com lágrimas no rosto, a também trabalhadora de serviços gerais, Valdineia Ferreira, disse que agora terá um lugar digno para criar os sete filhos. “Vou me mudar só com o que sobrou da minha casa, mas sei que agora meus filhos terão um lugar digno. Estou muito feliz e grata”, disse.
Reconstrução de vidas
O projeto é conduzido com critérios técnicos, sociais e legais definidos em convênio, e estabelece contrapartidas econômicas da Prefeitura, do Itaipu Parquetec e do Fozhabita, além de medidas de controle, fiscalização e prestação de contas em todas as etapas. As moradias são destinadas exclusivamente a famílias em situação de vulnerabilidade, no caso, os moradores da Vila Brás, previamente selecionados pelo município. A entrega dessas primeiras 52 casas, num total de 254. Essas famílias do primeiro lote devem se mudar no máximo no mês de agosto.
De acordo com o diretor-presidente do Fozhabita, Ivatan Batista, a iniciativa representa um marco na política habitacional do município. “Essa obra simboliza a reconstrução de vidas. O que vemos aqui é a aplicação de uma política pública séria, executada com responsabilidade, transparência e foco em quem mais precisa. É uma entrega coletiva: do poder público, da Itaipu e das famílias que acompanharam esse processo desde o início. Estamos construindo dignidade”, afirmou.