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Itaipu e Unioeste inauguram laboratório de análise de agrotóxicos em Francisco Beltrão

Convênio viabilizou aquisição de espectrômetro de massa para investigar relação entre agrotóxicos e câncer de mama no Sudoeste e Oeste do Paraná

Por: Redação Fonte: Itaipu
16/06/2025 às 16h35
Itaipu e Unioeste inauguram laboratório de análise de agrotóxicos em Francisco Beltrão
Fotos: divulgação/Itaipu Binacional.

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, participou, na sexta-feira (13), da entrega oficial de equipamentos de laboratório na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão. A iniciativa marca a consolidação de um convênio de R$ 2.603.079,77 firmado entre Itaipu e Unioeste para a criação da Unidade de Análise de Micropoluentes, voltada à avaliação da contaminação humana e de fauna terrestre por agrotóxicos no Sudoeste e Oeste do Paraná.

O destaque do laboratório é um espectrômetro de massa de alta precisão, adquirido com recursos da Itaipu. O equipamento é capaz de identificar e quantificar mais de 400 resíduos de agrotóxicos em amostras humanas, animais e ambientais, com foco na relação entre esses poluentes e o câncer de mama, que apresenta alta incidência na região.

 Enio Verri destacou que a parceria firmada entre Itaipu e Unioeste é fundamental para a criação dessa Unidade em Francisco Beltrão. “Investir em saúde e pesquisa é investir no bem-estar das pessoas. Esse laboratório é um marco para entender e combater o câncer de mama na região”, explicou.

Professora Carolina Panis, do Laboratório de Biologia de Tumores da Unioeste, coordenadora do projeto, explica o funcionamento de equipamento da Unidade de Análise de Micropoluentes. Fotos: divulgação/Itaipu Binacional.

A professora Carolina Panis, do Laboratório de Biologia de Tumores da Unioeste, coordenadora do projeto, explica que a pesquisa, iniciada há dez anos, documentou índices alarmantes de câncer de mama no Sudoeste do Paraná, entre as mulheres expostas ao agrotóxico, com incidência 50% e mortalidade 15% superiores à média nacional.

“Identificamos que o risco de desenvolver câncer de mama é 32% maior em mulheres expostas a agrotóxicos, com 52% mais chances de metástases. A principal via de contaminação é dérmica, especialmente durante a lavagem de roupas e equipamentos usados na aplicação de agrotóxicos”, afirmou Panis. Ela destacou a importância do novo equipamento: “Sem o investimento de Itaipu, dificilmente teríamos uma estrutura deste porte no Sudoeste do Paraná. Com este espectrômetro, será possível investigar de forma precisa como os agrotóxicos se correlacionam com doenças como o câncer”.

Os resultados do projeto da Unidade de Análise de Micropoluentes fornecerão dados inéditos para políticas públicas de saúde e proteção ambiental, consolidando o Sudoeste do Paraná como referência em pesquisa sobre os impactos dos agrotóxicos.

Outros convênios

Também na sexta-feira (13), o diretor do campus de Foz do Iguaçu da Unioeste, Sérgio Fabriz, visitou a Usina agradeceu a Itaipu pela parceria de longa data. As instituições mantêm diversos convênios ativos que beneficiam a comunidade regional.

Diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri; diretor do campus de Foz do Iguaçu da Unioeste, Sérgio Fabriz e diretor administrativo da Itaipu, Iggor Gomes Rocha. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional.

Desde 2011, as instituições mantêm o Núcleo Jurídico de Direitos, Defesa da Mulher e Execução Penal, que já realizou mais de 20 mil audiências, oferecendo assistência jurídica gratuita. Outro convênio, de R$ 1,3 milhão, viabilizou a reconstrução de parte do campus de Francisco Beltrão, danificado por um vendaval em 2021.

Além disso, em Foz do Iguaçu, Itaipu e Unioeste, em parceria com a Prefeitura e o Hospital Municipal Padre Germano Lauck, promovem formação para profissionais de saúde, enquanto o campus de Foz concluiu um laboratório especializado em microrredes.

As microrredes são sistemas isolados de uma rede elétrica, uma ilha ou um recorde de um sistema maior, por exemplo. Quando acontece um sinistro, como a queda de um poste, é preciso entender como a microrrede vai se comportar. Para isso serve o laboratório.

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