O Parque Nacional do Iguaçu, em parceria com a Adetur Cataratas e Caminhos, lançou oficialmente a iniciativa “Abrace o Parque”, um conjunto de projetos voltados ao fortalecimento do turismo sustentável e valorização das comunidades vizinhas à unidade de conservação. A proposta visa transformar a região em um modelo de desenvolvimento que una turismo, conservação ambiental e inclusão social.

A iniciativa conta com o apoio da concessionária Urbia Cataratas, patrocínio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e envolve três projetos institucionais estratégicos, o Plano de Envolvimento com o Entorno do Parque Nacional do Iguaçu, o Turismo de Base Comunitária no Quilombo Apepu e o Frutos do Iguaçu – voltado à cadeia produtiva de frutas nativas da Mata Atlântica. “A Adetur Cataratas e Caminhos foi contratada para desenvolver estes projetos”, ressalta a coordenadora técnica de atividades da Adetur, Sara Fernanda de Moraes.
Lançamento

Eventos de lançamento estão previstos para serem realizados em três municípios do entorno ao Parque Nacional do Iguaçu no mês de junho. Dia 25 em Capanema, na Casa da Cultura Dona Maurícia Guerra; Dia 26 em Serranópolis do Iguaçu, no Centro de Cultura Loreci Teresinha Morás e dia 27 em Foz do Iguaçu, na UDC - Centro Universitário Dinâmica das Cataratas. Nos três municípios, os lançamentos ocorrerão à tarde, das 14h às 16 horas. “O objetivo é apresentar esses projetos para comunidade”, destaca Sara Moraes. 

Integração com o entorno

O Plano de Envolvimento com o Entorno tem duração prevista de 18 meses e visa estreitar os laços entre o parque e as comunidades, por meio de diagnósticos participativos, definição de diretrizes estratégicas e implementação de ações práticas. O resultado esperado é a criação de um plano de ação com metas de curto, médio e longo prazo, além do estabelecimento de indicadores para o acompanhamento dos resultados. A proposta prioriza o protagonismo comunitário e os princípios da sustentabilidade.

Identidade e inclusão no Quilombo Apepu

Já o projeto de Turismo de Base Comunitária no Quilombo Apepu, localizado em São Miguel do Iguaçu, tem como objetivo valorizar a cultura quilombola, fomentar a geração de renda e promover a conservação ambiental. A iniciativa, que será executada entre maio de 2025 e maio de 2027, contempla a criação de roteiros turísticos, capacitação de moradores, estruturação de espaços e produção de materiais de divulgação. Um dos destaques é o resgate da história da laranja apepu, símbolo cultural da comunidade, e o incentivo à agroindústria local. O projeto terá abrangência em três municípios da região, Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu.

Cadeia produtiva das frutas nativas

O terceiro projeto, Frutos do Iguaçu, busca mobilizar a cadeia produtiva das frutas nativas da Mata Atlântica no entorno do parque. A ação será realizada de maio de 2025 a abril de 2027 e pretende formar arranjos produtivos entre agricultores, comunidades tradicionais, organizações da sociedade civil e empresas privadas. O foco está na geração de renda complementar, conservação ambiental e estímulo à conectividade da paisagem regional.

Segundo os organizadores, a iniciativa “Abrace o Parque” representa uma oportunidade de alinhar turismo e desenvolvimento local com práticas sustentáveis, promovendo vivências autênticas para os visitantes e fortalecendo as comunidades do entorno do Parque Nacional do Iguaçu.

Foto: Apolônio Rodrigues

Foto: Bruno Bimbato