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Com 500 quilômetros, Paraná tem maior programa de rodovias de concreto do Brasil

Os projetos adotado no Paraná se inspiram nas estradas mais eficientes do mundo. Ao todo, são 18 trechos de rodovias em diversas fases de execução – planejamento, licitação, andamento ou concluídos –, representando, até o momento, cerca de R$ 3,1 bilhões em aportes financeiros.

Por: Redação Fonte: AEN
30/06/2025 às 14h29
Com 500 quilômetros, Paraná tem maior programa de rodovias de concreto do Brasil
Foto: DER-PR

O investimento do Governo do Paraná em rodovias de concreto chegou nesta metade de 2025 a 500 km. Ao todo, são 18 trechos de rodovias em diversas fases de execução – planejamento, licitação, andamento ou concluídos –, representando, até o momento, cerca de R$ 3,1 bilhões em aportes financeiros. Quatro obras ainda não entram nessa conta porque estão em processo de planejamento ou licitação, com o orçamento sigiloso.

E as obras estão espalhadas em todo o Paraná: no Sudoeste são 140 quilômetros de concreto na PRC-280; na região central, a PRC-466 está sendo duplicada de Guarapuava a Pitanga; no Litoral, a novidade é a duplicação em concreto da ligação entre Matinhos e Praia de Leste; e na Grande Curitiba, a duplicação da Rodovia dos Minérios e a pavimentação da ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais.

A adoção desse material inovador, que vem sendo utilizado para renovar a logística rodoviária paranaense, traz uma série de benefícios, a começar pela alta durabilidade. Esse novo pavimento rígido tem vida útil de pelo menos o dobro do flexível, de asfalto: 20 anos contra 10 anos.

"Implementamos esse programa de maneira inédita no Paraná. Rodovias em concreto eram um sonho distante e agora estão presentes no dia a dia de algumas regiões fundamentais para a nossa economia. É um investimento mais seguro, mais rápido e que faz do Estado exemplo nacional", afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os projetos adotado no Paraná se inspiram nas estradas mais eficientes do mundo: as americanas e as alemãs. “Como um Estado forte na produção agrícola e industrial, fomos buscar as melhores soluções de infraestrutura adotadas pelo mundo. As estradas de concreto são opções mais duradouras e que aguentam melhor o tráfego pesado”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

Os custos de manutenção também são mais favoráveis em rodovias de concreto, pois estas não apresentam deformações ou buracos com o decorrer do tempo, algo que é bastante comum em vias asfaltadas. Normalmente, as intervenções necessárias no piso rígido ocorrem com mais tempo de uso, sendo via de regra simples e pontuais. Isso permite, por exemplo, que o Estado não tenha que investir em um contrato de manutenção constante, como se faz obrigatório para o pavimento flexível. Assim, a longo prazo, a alternativa se mostra mais econômica.

Com obras ocorrendo de forma bem mais espaçadas, o condutor também sai em vantagem, pois não tem que enfrentar vias bloqueadas ou com trechos de lentidão por conta de reparos ou melhorias com tanta frequência. O concreto proporciona ainda melhor aderência aos pneus, diminuindo o risco de aquaplanagem em dias de chuva. Sendo um material mais claro, ele absorve menos calor, reduzindo a temperatura nas pistas, e é muito mais visível à noite, aumentando a segurança de quem trafega.

 

WHITETOPPING – Uma das técnicas de utilização do pavimento de concreto é por uma batizada de whitetopping. Nele, uma camada de concreto é colocada em cima de uma base pré-existente de asfalto. Desta forma, a obra fica mais barata e tem execução mais célere. O trecho entre General Carneiro e Palmas, na PRC-280, foi o primeiro do Estado a ser concluído desse modo, em março de 2023. O asfalto antigo passou por intervenções preparatórias para receber o concreto, que variou entre 22 e 28 centímetros ao longo do trecho.

“O DER do Paraná se tornou uma referência nacional quanto a obras de restauração em concreto pela técnica whitetopping. A excelente qualidade do pavimento, o melhor custo-benefício, as vantagens ambientais, todos esses fatores trazem delegações de outros estados ao Paraná, para conhecerem nosso trabalho e verem de perto os resultados”, afirma o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.

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Rodovias de concreto tem durabilidade muito maior. Foto: Roberto Dziura Jr./AEN


OBRAS – Pelo DER/PR, estão na lista três trechos da PRC-280, todos em whitetopping. Já foram concluídas as etapas de Palmas, que envolveu 59,55 km e custou cerca de R$ 155 milhões, e da ligação entre Palmas e Clevelândia (45 km; R$ 188 milhões). Os 37,49 km do caminho entre Palmas e Clevelândia estão em andamento, devendo ficar prontos até novembro, dando mais segurança e conforto aos usuários do principal corredor logístico do Sudoeste. A concretagem já foi concluída.

O trajeto entre Guarapuava e Lidianópolis, pela PRC-466, é o que tem mais etapas programadas. A fase atual consiste em três trechos em andamento, ligando Guarapuava, Palmeirinha, Turvo e Pitanga. A PRC-466 faz ligação de municípios da região com a BR-277, que segue até o Porto de Paranaguá e, a Oeste, até a fronteira com Paraguai e Argentina. A melhoria da via vai impactar no desenvolvimento do Estado, principalmente no agronegócio, que é muito forte na região e poderá escoar seus produtos de modo mais eficiente. Esses trechos contemplam 84 km de duplicação com piso de concreto, a um investimento de quase R$ 948 milhões.

Outros dois trechos devem dar continuidade a esse roteiro. O percurso entre Pitanga e Manoel Ribas já está em fase de licitação, ainda sem valor definido. O projeto inclui restauração com whitetopping em 43 km de pista, implantação de novas faixas em ambos os sentidos e terceiras faixas em pontos estratégicos, além de obras de drenagem e áreas para paradas de ônibus rodoviários. Há ainda a previsão de outros 51,86 km para conectar com concreto Manoel Ribas a Lidianópolis.

Outra empreitada dividida em três trechos menores é a da duplicação em concreto da Rodovia dos Minérios (PR-092), em Almirante Tamandaré e Curitiba, que era esperada há 30 anos. A primeira parte está concluída e foi entregue em outubro de 2024, comportando 4,74 km entre os dois municípios. Foram desembolsados R$ 152 milhões nesse percurso. Complexa, a obra contou com 14 obras de arte especiais (OAE), sendo 10 pontes e quatro viadutos, além de ciclovias, passeio para pedestres, passarela e iluminação pública.

A fase 2, na cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), já está em execução. Tem 1,28 km, com quatro faixas de tráfego, sendo duas para cada sentido, e investimento de R$ 50,7 milhões – que incluem ainda mudança na iluminação, sinalização e inclusão de ciclovia, entre outras melhorias. A terceira etapa, de 8,3 km de pavimentação, aguarda a finalização da licitação.

O trecho da PR-180, entre Goioerê e Quarto Centenário, é outro em andamento, com previsão de entrega em julho. São 11,13 km de whitetopping, com um investimento de R$ 65,8 milhões. Entre outras melhorias, o trecho também recebeu serviços de ampliação de capacidade, mediante alargamento das faixas de tráfego para 3,6 metros e implantação de terceiras faixas e acostamentos, além de correção da geometria de curvas acentuadas e três novas interseções em nível.

 

CASCAVEL E PONTA GROSSA – Uma das obras já finalizadas é a duplicação do Contorno Oeste de Cascavel. O contorno dá mais agilidade na conexão entre a BR-277 e a BR-163, além de criar uma ligação mais segura e ágil aos motoristas que acessam a Avenida Brasil pelas rodovias da região. A obra contemplou a construção de pistas paralelas ao antigo contorno e uma nova via de acesso entre o contorno e o centro da cidade, totalizando mais de 19 quilômetros de extensão. A execução do projeto custou cerca de R$ 124 milhões.

Também sendo executada está a restauração da PR-151 entre Ponta Grossa e Palmeira. A obra, de R$ 257 milhões, vai do entroncamento com a PR-438, em Ponta Grossa, até o entroncamento com a BR-277, no perímetro urbano de Palmeira – em uma extensão de 32,71 km. Serão realizados o alargamento das faixas de tráfego para 3,6 metros, a implantação de acostamentos com 3 metros de largura em ambos sentidos da via, e a pavimentação de 15,2 km de terceiras faixas.

Já o caso da ampliação e restauração das PRC-487 e PR-460 entre Nova Tebas e Pitanga teve licitação concluída em maio. O trecho atendido tem 51,52 km de extensão, começando na PRC-487, na ponte sobre o Rio Muquilão, limite entre os municípios de Nova Tebas e Iretama, e seguindo até o entroncamento com a PR-460 no acesso para Manoel Ribas. A partir deste ponto, a obra contempla o trecho da PR-460 deste entroncamento até chegar em Pitanga. O custo total é de R$ 267 milhões.

A PR-412, entre Matinhos e Pontal do Paraná, é outra rodovia que passará por duplicação. O trecho envolvido tem 14,28 km de extensão, iniciando na ponte sobre o Canal de Matinhos e seguindo até o entroncamento com a PR-407, na localidade de Praia de Leste, em Pontal do Paraná. O Estado vai desembolsar R$ 274,5 milhões nesta estrutura.

Está prevista uma pista central em pavimento rígido de concreto, vias marginais em pavimento asfáltico, novas pontes sobre o Canal de Matinhos e sobre o Rio Balneário, e um viaduto no entroncamento da rodovia com a Avenida Curitiba. A pista atual terá sua plataforma alargada para ambos os lados e o pavimento existente demolido. Uma barreira de concreto vai separar as pistas duplicadas e canteiros com grama separarão o eixo central das marginais, exceto por agulhas de entrada e saída. As vias marginais terão sentido único, com estacionamentos, calçada para pedestres e ciclovia bidirecional. Sob estas, será colocada a rede de drenagem de águas da rodovia.-

Diversas outros projetos estão em andamento em várias regiões do Paraná. Foto: DER-PR


GRANDE CURITIBA – A Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) tem outras duas obras em concreto. A construção da ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais, com custo de R$ 96,8 milhões e extensão de 26,61 km, já entrou na fase de concretagem. A iniciativa atende a uma demanda histórica de quase três décadas e deve transformar a mobilidade entre os dois municípios, além de ajudar no escoamento da produção agrícola, no turismo e na atração de indústrias.

O projeto inclui também uma ciclovia com 2,5 metros de largura, readequação do traçado, nova iluminação e a preservação de trechos históricos, como o calçamento em paralelepípedo na Colônia Marcelino, em São José dos Pinhais.

Por sua vez, o novo Contorno Sul de Curitiba, entre a Capital e Araucária, está em fase de licitação. Esse novo corredor rodoviário terá 9,37 km de extensão, ligando um trecho da BR-116, na região Sul de Curitiba, próxima à Fazenda Rio Grande, com a BR-476, em Araucária, que também dá acesso ao Interior do Estado por meio da BR-277. As pistas serão duplicadas em ambos os sentidos e terão a companhia de uma ciclovia. O projeto prevê outras sete obras complementares, como dois viadutos, uma trincheira e uma nova ponte sobre o Rio Barigui.

Confira a lista das obras

Duplicação da PRC-466 - Pitanga a Turvo - R$ 514.230.020,00 - 45,5 km - obra em andamento

Duplicação da PRC-466 - Turvo a Palmeirinha- R$ 293.750.000,00 - 27,02 km - obra em andamento

Duplicação da PR-412 - Matinhos a Pontal do Paraná (Praia de Leste) - R$ 274.500.000,00 - 14,28 km - obra em andamento

Ampliação e restauração das PRC-487 e PR-460 - Nova Tebas a Pitanga - R$ 267.800.000,00 - 51,52 km - obra em andamento

Pavimentação em Whitetopping da PR-151 - Ponta Grossa a Palmeira - R$ 257.215.000,14 - 32,71 km - obra em andamento

Pavimentação em Whitetopping da PRC-280 - Clevelândia a Pato Branco - R$ 180.950.000,00 - 37,49 km - obra em andamento

Duplicação da PRC-466 - Palmeirinha a Guarapuava - R$ 139.785.485,97 - 11,52 km - obra em andamento

Pavimentação em Whitetopping da PR-180 - Goioerê a Quarto Centenário - R$ 65.806.729,03 - 11,13 km - obra em andamento

Duplicação da Rodovia dos Minérios – fase 2 - em Almirante Tamandaré - R$ 50.700.000,00 - 1,28 km - obra em andamento

Nova ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais - BR-116 e BR-376 - R$ 96.800.000,00 - 26,61 km - obra em andamento

Pavimentação em Whitetopping da PRC-280 Palmas a Clevelândia R$ 188.250.000,00 - 45 km - obra concluída

Duplicação da Rodovia dos Minérios - Curitiba a Almirante Tamandaré - R$ 152.337.866,02 - 4,74 km - obra concluída

Duplicação do Contorno Oeste de Cascavel - R$ 123.856.146,65 - 19,07 km - obra concluída

Pavimentação em Whitetopping PRC-280 - em Palmas - R$ 154.685.227,62 - 59,55 km - obra concluída

Pavimentação em Whitetopping PRC-466 - Pitanga a Manoel Ribas - orçamento sigiloso - 43,05 km - em licitação

Duplicação da Rodovia dos Minérios - fase 3 - orçamento sigiloso - 8,3 km - em licitação

Novo Contorno Sul (BR-116 e BR-476) - Curitiba a Araucária - R$ 355.500.000,00 - 9,37 km - em licitação

Pavimentação em Whitetopping PRC-466 - Manoel Ribas a Lidianópolis - 51,86 km - obra prevista pelo DER-PR

Total de investimento: R$ 3.116.166.475,43. Total de quilometragem: 500 km

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