Queixas de consumidores fizeram a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspender as vendas de 193 planos de saúde ao longo do ano passado, de acordo com dados obtidos pela Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) e enviados à coluna com exclusividade.
A ANS interrompe vendas de planos para novos clientes, quando avalia que, pelos seus indicadores, há queixas demais feitas por consumidores e que, por isso, novas vendas podem prejudicar ainda mais o prazo de atendimento para consultas, exames e tratamentos.
Mesmo suspensos, esses planos continuam ativos e podem voltar a ser comercializados quando, em tese, a operadora melhora o atendimento. Foi o que ocorrue com 81 planos que conseguiram autorização para voltar a vender no ano passado.
A ANS precisa garantir a qualidade dos serviços de saúde para os consumidores, mas também é cobrada pelas empresas a primar pela sustentabilidade financeira do setor.
“O equilíbrio nas relações de consumo, como a Saúde Suplementar, é essencial para manter o regular exercício das atividades da operadora e garantir os direitos da sociedade, os contratantes deste serviço”, avalia o advogado Alessandro Acayaba de Toledo, presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB).
Os planos de saúde, na modalidade assistência médica, terminaram o ano de 2022 com 50,4 milhões de beneficiários, uma lenta recuperação desde a inflexão iniciada depois que esse mercado atingiu o pico em dezembro de 2014, quando tinha 50,5 milhões de consumidores. No fim do ano passado, havia 687 operadoras ativas e mais de 19 mil planos de saúde registrados na ANS.
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