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Marechal Cândido Rondon, PR
Foz do Iguaçu tornou-se palco central das discussões sobre a implantação do Centre Pompidou Paraná, primeiro museu internacional do estado. No último sábado (6), a cidade recebeu a terceira edição do Museu-Escuta, encontro que reuniu comunidade local, artistas, professores, estudantes e gestores culturais em torno do projeto. A atividade reforçou o papel de Foz como protagonista na construção coletiva da instituição.
Realizado no pavilhão temporário erguido no terreno do futuro museu, o encontro abriu espaço para a população apresentar propostas e expectativas. Mobilidade, integração às escolas e a necessidade de que o equipamento esteja conectado à vida cultural da cidade foram alguns dos pontos levantados.
“O museu precisa ser um espaço que pertença à comunidade de Foz, não apenas a um público de visitantes. É aqui que ele deve criar laços”, afirmou o produtor cultural Felipe Cavalcanti.
Cidade no centro do processo
Para a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, o modelo adotado em Foz reforça o vínculo entre a instituição e o território. “Um museu só é relevante quando nasce ouvindo quem vive e faz cultura em sua cidade. Foz do Iguaçu está mostrando como essa escuta pode transformar a implantação em um processo de pertencimento”, disse.
A diretora de implementação do museu, Carolina Loch, destacou que o envolvimento da população iguaçuense é fundamental. “Essa estrutura temporária é um convite para que a comunidade de Foz venha ao terreno e o ocupe desde já. Queremos que, quando o museu abrir, a programação reflita a voz da cidade.”
O prefeito de Foz do Iguaçu, General Silva e Luna, reforçou que o projeto consolida a cidade como referência cultural e internacional. “A instalação do Centre Pompidou Paraná em Foz do Iguaçu é um marco histórico. Estamos construindo juntos um espaço que une a força do nosso patrimônio cultural à vocação internacional da cidade. É um projeto que nasce ouvindo a comunidade e que vai projetar Foz não apenas como destino turístico, mas também como referência cultural para o Brasil e para o mundo.”
Arquitetura inspirada em Foz
Na sexta-feira (5), o arquiteto Solano Benítez apresentou em Foz o projeto arquitetônico do museu em uma masterclass que reuniu estudantes e profissionais. A proposta valoriza a terra vermelha característica da região, transformada em tijolos que unirão tradição e inovação.
“Não se trata apenas de arquitetura, mas de criar um espaço em sintonia com a vida e com a comunidade iguaçuense”, disse Benítez.
O evento também contou com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior, que ressaltou a relevância da escolha de Foz para sediar o museu. “O Paraná vive um momento especial, e trazer o Centre Pompidou para Foz do Iguaçu significa fortalecer ainda mais a posição estratégica da cidade. Estamos unindo turismo, cultura e integração internacional em um projeto que vai marcar a história do nosso estado.”
Participação da comunidade iguaçuense
Durante a semana, oficinas de tijolos envolveram crianças da rede municipal e estudantes da Unila, que produziram peças que farão parte do futuro museu. A iniciativa aproximou jovens e moradores da obra, criando desde já o sentimento de pertencimento.
A diretora da Seec, Carolina Loch, reforçou que o programa de ativação será contínuo. “Estamos implantando um museu que já nasce no imaginário da cidade, com oficinas, encontros e editais que envolvem diretamente a população de Foz”, explicou. O Governo do Estado prepara um edital de R$ 600 mil para apoiar novas oficinas e projetos participativos.
