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Itaipu vai construir 70 casas nas comunidades indígenas de Diamante d’Oeste

Investimento de R$ 12,7 milhões vai ajudar a reduzir o déficit habitacional nos povos Tekoha Añetete e Itamarã

Por: Redação Fonte: Itaipu
23/09/2025 às 12h03
Itaipu vai construir 70 casas nas comunidades indígenas de Diamante d’Oeste
Fotos: Sara Cheida/Itaipu Binacional

A Itaipu Binacional vai ajudar a reduzir o déficit habitacional de duas comunidades indígenas no município de Diamante d’Oeste (PR). Com o investimento de R$ 12.685.870,93 serão construídas 70 moradias para abrigar as famílias dos povos Tekoha Añetete (38 casas) e Tekoha Itamarã (32 casas). O convênio faz parte das ações do Programa Itaipu Mais que Energia e tem o objetivo de dar melhor qualidade de vida às comunidades indígenas da região.

“Além de gerar energia, Itaipu gera desenvolvimento regional, especialmente, numa comunidade indígena em que as famílias passam por muitas dificuldades. Esse olhar é importante para darmos melhor estrutura a todo o conjunto da sociedade. Temos grandes investimentos na cidade de em Diamante d’Oeste, mas também temos que ter esse olhar para os povos indígenas”, afirmou o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.

As moradias de 50 m² serão construídas em alvenaria seguindo o padrão desenvolvido pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), incluindo ligação de rede elétrica, fossa séptica e água canalizada. O convênio tem validade de 30 meses. Futuramente pode ser feito um aditivo para a construção de mais moradias nas duas comunidades.

De acordo com um levantamento da Itaipu, muitas famílias das duas comunidades vivem em tendas ou barracas sem água encanada, energia elétrica e destinação correta do esgoto. O crescimento da população indígena tem feito que mais de uma família dividam a mesma casa. Atualmente, 100 famílias vivem na comunidade Tekoha Añetete e 75 no povo Itamarã.

Segundo o gestor do Programa de Sustentabilidade Indígena da Itaipu Binacional, Paulo Porto, o território é parte fundamental da cultura avá guarani. “Quando se pensa em território, não é só a terra, mas também saúde, educação, cultura, segurança alimentar, segurança hídrica, ou seja, condições que permitam aquela terra ser uma aldeia de verdade. E, claro, também se enquadra a habitação”.

Porto explica que apesar de as habitações serem construídas segundo o padrão convencional da Cohapar, haverá adaptações pelos próprios moradores para se adequar à cultura indígena, como a construção de um segundo espaço para fazer a fogueira e promover conversas. “Ainda que seja uma casa da perspectiva não indígena, não tenho dúvida que eles vão criar condições para que ela seja integrada na perspectiva cultural guarani”, concluiu.

O cacique Cipriano Alves, do povo Tekoha Itamarã, agradeceu o investimento reforçando que a moradia é muito importante para a comunidade. “Hoje em dia a gente precisa do material para construção da casa, um material que a gente não tem mais. Não dá para tirar do mato, não tem a matéria-prima que a gente usava antigamente para construir nossas casas. Então hoje é um dia muito especial”.

Já João Miri, cacique da comunidade Tekoha Añetete, concorda que as casas de alvenaria são necessárias, visto que não é mais possível construir moradias como antigamente. “A casa significa melhorar a qualidade de vida da nossa população e é isso que queremos, melhorar a moradia, a saúde, a educação, a agricultura. E Itaipu é um parceiro muito importante para nossa comunidade”.

De acordo com o prefeito de Diamante d’Oeste, Amarildo da Silva, essa é uma demanda antiga das comunidades e o investimento vai promover o bem-estar social para os povos indígenas. “Somos um município pequeno, de baixo IDH, o apoio da Itaipu ajuda a população. A Itaipu é uma parceira muito grande e tem um papel fundamental para o desenvolvimento de Diamante d’Oeste”, afirmou.

 

João Miri, cacique da comunidade Tekoha Añetete

Cacique Cipriano Alves, do povo Tekoha Itamarã

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