Cientistas monitoram ativamente a região do Himalaia e alertam sobre o potencial de terremotos catastróficos. No entanto, é importante esclarecer alguns pontos sobre a divisão das placas tectônicas:
Himalaia: Zona de Colisão, Não de Divisão: O Himalaia não é uma área onde as placas tectônicas estão se dividindo (divergindo). Pelo contrário, é o resultado da colisão contínua entre a Placa Indiana e a Placa Euroasiática. A Placa Indiana está subindo e se chocando contra a Placa Euroasiática, o que está empurrando a crosta para cima e formando as montanhas mais altas do mundo.
Acúmulo de Tensão: Essa colisão é um processo geológico extremamente poderoso e lento, que acumula uma enorme quantidade de tensão nas rochas ao longo de milhares de anos.
Grandes Falhas: Abaixo do Himalaia e na região que se estende por países como Nepal, Índia e Paquistão, existem grandes falhas geológicas, como a Falha Principal de Colisão (Main Himalayan Thrust - MHT). É ao longo dessas falhas que a tensão se libera na forma de terremotos.
Alerta dos Cientistas: Os cientistas, especialmente sismólogos, estão muito preocupados com o Himalaia por vários motivos:
Histórico de Grandes Terremotos: A região tem um histórico de terremotos muito grandes e devastadores.
Lacunas Sísmicas (Seismic Gaps): Existem áreas ao longo das falhas onde não houve um grande terremoto há muito tempo. Isso significa que a tensão continua a se acumular e que essas "lacunas sísmicas" são potenciais locais para futuros terremotos de grande magnitude.
Densidade Populacional: A região é densamente povoada, o que significa que um grande terremoto teria um impacto humano e material devastador.
Subestimativa de Risco: Estudos recentes sugerem que a magnitude e a frequência de terremotos destrutivos no Himalaia podem ter sido subestimadas no passado.
Não é uma "Divisão" mas sim um "Travamento": O que os cientistas observam é que partes da falha estão "travadas", ou seja, não estão deslizando suavemente. Isso faz com que a tensão se acumule até que o ponto de ruptura seja atingido, resultando em um movimento sísmico abrupto e poderoso. A preocupação é que há um acúmulo de energia que pode ser liberado em um único grande evento.
Em resumo, a preocupação com um terremoto catastrófico no Himalaia é real e baseada em dados científicos sobre a geologia da região e o acúmulo de tensão nas falhas tectônicas, que são resultado da colisão contínua das placas, e não de sua divisão.